A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro instaurou nesta quarta-feira (11) uma sindicância para apurar possíveis irregularidades cometidas pelo técnico de enfermagem Odivan Betcel Bentes, de 54 anos. O pedido de investigação foi publicado nesta quarta-feira (11) no Diário Oficial do Município. Há três dias o homem não aparece para trabalhar.
Como o g1 mostrou nesta terça (10), o homem apontado como dos organizadores dos atos terroristas que culminaram com a destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8).
No processo (09/31/000 029/2023) assinado pelo secretário de saúde Daniel Soranz, Betcel Bentes terá até 45 dias, contados da data de publicação, para ser explicar a uma comissão integrada que foi instituída pela SMS.
De acordo com o poder municipal, ele estará sujeito a exoneração caso seja indiciado pelos atos em Brasília.
O técnico de enfermagem, que atualmente trabalha no Centro Municipal de Saúde (CMS) Madre Teresa de Calcutá, na Ilha do Governador, aparece em várias listas como integrante do grupo que viajou para a capital federal.
Em pelo menos uma delas, ele aparece como organizador. Na segunda-feira (9), ele não foi trabalhar, de acordo com o secretário. Ele também não deu expediente nessa terça (10). A reportagem apurou que ele estava na capital federal.
Na segunda, Odivan negou que fosse um dos organizadores da caravana golpista que rumou do Rio até Brasília. O técnico de enfermagem informou também que não é ligado à liderança do grupo terrorista que acampou em frente ao QG do Exército, no Centro do Rio.
Odivan afirmou também que, além de ser técnico de enfermagem, ele organiza caravanas de turismo. Ao ser questionado se estava em Brasília ou no Rio e por que não trabalhou hoje, ele disse que não iria dar mais entrevista e desligou o telefone.
O funcionário da Prefeitura do Rio utiliza as redes sociais para expor ideias políticas. Em uma delas, ele aparece discursando, em imagens publicadas no dia 1º de janeiro, pedindo ação do Exército.
Fonte: g1
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