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quarta-feira, janeiro 04, 2023

'Nunca ninguém falou em intervenção' nos preços de combustíveis, diz indicado para a Petrobras

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo governo federal para presidir a Petrobras, afirmou nesta quarta-feira (4) que a estatal não fará intervenção nos preços dos combustíveis.


O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para o comando da Petrobras, durante sessão no Congresso — Foto: Roque de Sá/Agência Senado


Segundo Prates, "nunca ninguém falou em intervenção" nos preços, que, de acordo com ele, serão vinculados de "alguma forma" ao mercado internacional.


Após a declaração do indicado para o comando da Petrobras, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, passou a operar em alta e fechou o dia com elevação de 1,12%.


A política de preços a ser adotada, conforme Prates, ainda será discutida e levará em conta a prática do mercado.


Prates não tem data definida para assumir a Petrobras, uma vez que seu nome ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da empresa.


Contudo, nesta quarta, ele deu declarações sobre o que planeja para sua gestão.


"A Petrobras não faz intervenção em preços, ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras", disse o senador.


Mudança na política de preços

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende desde a campanha eleitoral modificar a política de preços praticada pela Petrobras.


Atualmente, a empresa se baseia no Preço de Paridade Internacional (PPI), que consiste em vender a gasolina e o diesel pelo mesmo preço que eles são vendidos no resto do mundo.


O modelo era criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por facilitar altas nos preços conforme as oscilações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.


Segundo Prates, mudanças na política ainda serão discutidas por diferentes atores e envolverão ações do governo, mercado e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).


Ele entende que o modelo deve levar em conta a produção nacional de combustíveis.


"Todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. Há diferença entre PPI, paridade de importação, e paridade internacional. Uma coisa é você ter o internacional como referência, outra coisa é você se guiar por um preço de uma refinaria estrangeira, mais o frete até chegar aqui. Paridade de importação é o que para nós não faz muito sentido em alguns casos", disse.


Prates afirmou que os combustíveis terão preço do "mercado brasileiro".


"Ele é composto parte importado e parte nacional. A gente tem que ter um preço que reflita o fato de a gente produzir no Brasil. É só isso", afirmou.


O senador é a favor de uma política regionalizada dentro do Brasil para o preço dos combustíveis, porém o tema ainda será debatido no Conselho Nacional de Política Energética.


Fonte: g1

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