Dados dos sistemas de monitoramento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que, entre os dias 5 e 9 de janeiro, ônibus fretados registraram a previsão de transportar 12.560 pessoas de várias partes do país a Brasília.
O período antecedeu os atos de terrorismo e vandalismo na Esplanada dos Ministérios que depredaram as sedes dos três poderes – o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
Os dados de viagem são produzidos pelo Sistema de Habilitação de Transporte de Passageiros e foram obtidos com exclusividade pela TV Globo.
O número representa a previsão de movimento informado às autoridades – ainda não é possível saber se todos esses passageiros embarcaram de fato, ou mesmo se os ônibus executaram os trajetos.
Autoridades ouvidas pela TV Globo afirmam que o número indica um "boom" e um "movimento fora da curva", especialmente considerando a inexistência de feriados ou festas típicas no período.
Licenças e contratantes
Nos cinco dias que antecederam o quebra-quebra em Brasília, segundo o sistema, foram emitidas 343 licenças para a operação dos ônibus fretados, solicitadas e concedidas a 309 contratantes diferentes.
O número inclui empresas e donos de veículos, e indica pouca concentração de organizadores das viagens.
O transporte regular interestadual, feito tradicionalmente em rodoviárias, movimentou 5.336 ônibus no período.
O número de passageiros ainda não está fechado, mas essa operação não demonstrou grandes oscilações – apesar da possibilidade de aumento da frota, quando necessário.
Levantamento apoia investigações
Levantamentos desse tipo devem ser usados pelas autoridades federais para tentar mapear o fluxo de pessoas que viajaram para os atos de vandalismo na área central de Brasília.
O relatório completo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui detalhes como:
o nome dos passageiros;
as rotas percorridas pelos veículos;
as empresas responsáveis pelas viagens.
Agora, a Polícia Civil e a Polícia Federal se debruçam sobre a lista de empresas de ônibus fretado, para, posteriormente, descobrir quem pagou pelo transporte.
Fonte: g1
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