Páginas

segunda-feira, janeiro 09, 2023

Conteúdo extremista continua nas redes sociais mais de 24 horas depois de atos de terrorismo em Brasília

Um dia depois da invasão de bolsonaristas criminosos ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, conteúdos que insuflam ou apoiam os atos terroristas continuam circulando nas redes sociais.


Em live com mais de 900 mil visualizações no canal VV8 no YouTube, bolsonaristas defenderam ato golpista e alegaram sem provas que eleições foram fraudadas — Foto: Reprodução/YouTube


Em cerca de 3 horas de buscas nas principais plataformas, na tarde desta segunda-feira (9), o g1 encontrou em todas elas exemplos de posts que defendem os ataques. Alguns chegam a ter quase 1 milhão de visualizações.


Na manhã desta segunda-feira (9), a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, afirmou que removeria "conteúdo que apoie ou enalteça essas ações". Procurado pelo g1, o YouTube deu posicionamento semelhante.


O Kwai afirmou que "reitera seu compromisso no combate à desinformação, principalmente neste ano após as eleições" (leia as notas na íntegra). Twitter e TikTok não se manifestaram até a última atualização desta reportagem.


Alguns perfis que postaram conteúdo golpista no último domingo estão fora do ar, mas, em nenhum dos casos encontrados, a página contém o aviso que costuma aparecer quando uma conta é derrubada pela plataforma.


Post fala em 'orgulho' pela derrubada da barricada para pedestres na área do Congresso — Foto: Reprodução/Instagram


Lives, vídeos e fotos

No YouTube, uma transmissão ao vivo com quase 4 horas e mais de 995 mil visualizações mostrou o movimento desde a subida da rampa do Congresso no domingo (8).


Com alegações de que o ato golpista foi uma luta pela liberdade, a live foi usada para chamar mais pessoas a se dirigirem à Praça dos Três Poderes e para pedir doações para financiar o canal.


Diversos vídeos que continuavam no ar defendem a teoria de que a manifestação começou pacificamente e que todos os estragos feitos nas sedes dos Três Poderes foram causados por "infiltrados de esquerda".



Circulavam ainda posts convocando para paralisações nesta segunda-feira.



















O que prometem as redes

A Meta, dona do Facebook e Instagram, afirmou à BBC na manhã desta segunda que começaria a remover e bloquear de suas redes sociais conteúdo em defesa das invasões.


Um porta-voz da Meta disse que excluiria imediatamente postagens "pedindo que as pessoas peguem em armas ou invadam à força o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios federais".


"Também estamos classificando isso como um ato de violação, o que significa que removeremos conteúdo que apoie ou enalteça essas ações", acrescentou o porta-voz.


O g1, então, procurou Twitter, Youtube, Kwai, Telegram e TikTok para questionar sobre como as empresas lidariam com esses conteúdos.


O que disse o YouTube:


"Estamos monitorando a situação na capital brasileira envolvendo os espaços públicos das instituições na Praça dos Três Poderes. Nossos times estão removendo conteúdo que viola nossas políticas, incluindo transmissões ao vivo e vídeos que incitam violência. Além disso, nossos sistemas estão exibindo com destaque conteúdo de fontes confiáveis na nossa página principal, no topo dos resultados de busca, e nas recomendações. Permaneceremos vigilantes conforme a situação continue a se desenrolar".


O que disse o Kwai:


"O Kwai reitera seu compromisso no combate à desinformação, principalmente, neste ano após as eleições. É importante esclarecer que todas as ações e iniciativas desenvolvidas pela plataforma para conter o avanço e propagação de conteúdos que tenham o potencial de prejudicar o processo democrático permanecem em andamento.



Além disso, o Kwai reforça que segue regras internas e que possui mecanismos de segurança que atuam 24 horas por dia, combinando inteligência artificial e análise humana para identificar e remover o mais rápido possível conteúdos que violem ou infrinjam as políticas da comunidade.


A plataforma ainda conta com a parceria da agência de checagem de fatos "Aos Fatos", e com mecanismos de denúncia nos quais os usuários podem relatar tais comportamentos dentro do aplicativo. Os conteúdos checados poderão ser retirados da plataforma ou rotulados como desinformativos. Vídeos não verificados têm a exposição diminuída e violações contínuas podem levar ao banimento da conta.


"Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!