O gabinete da advocacia da Casa Branca afirmou nesta segunda-feira (16) que não há registro de visitantes na casa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Wilmington, em Delaware, onde documentos confidenciais de posse do Estado foram encontrados na semana passada.
A lei norte-americana proíbe ex-presidentes e ex-vice-presidentes de manter documentos de Estado após o fim do mandato. Os papéis contêm informações do governo do ex-presidente Barack Obama, quando Biden era vice-presidente.
A afirmação da Casa Branca de que nenhum visitante acessou a residência é uma resposta ao presidente do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados do país, que no domingo (15) exigiu registros de visitantes da casa do democrata Biden em Wilmington.
A defesa de Biden alegou ainda que o atual presidente restaurou a exigência de se registrar visitantes, norma que se antecessor, o ex-presidente Donald Trump, havia cancelado.
"Como todo presidente em décadas da história moderna, sua residência pessoal é pessoal. Mas, ao assumir o cargo, o presidente Biden restaurou a norma e a tradição de manter os registros de visitantes da Casa Branca, incluindo publicá-los regularmente, depois que o governo anterior os encerrou", disse em nota o gabinete do advogado da Casa Branca".
Trump recusou-se a divulgar registros de visitantes à Casa Branca durante seus quatro anos no cargo, quebrando as normas anteriores.
Os republicanos têm procurado comparar o caso dos documentos de Biden com o de Trump, que enfrenta uma investigação criminal federal sobre como lidou com documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca em 2021.
A Casa Branca diz que a equipe de Biden entregou os documentos que encontrou. Já Trump resistiu a entregar os papéis que tinha em casa até uma busca do FBI em agosto de 2021 em seu resort em Palm Beach, na Flórida.
A equipe jurídica de Biden disse ter encontrado documentos confidenciais relacionados ao seu tempo como vice-presidente do então presidente Barack Obama em sua casa em Delaware e em um think-thank em Washington.
No sábado, seus advogados relataram ter encontrado cinco páginas adicionais em sua casa. O material foi encontrado em novembro, mas isso só foi tornado público após uma reportagem da rede de TV CBS News na semana passada.
Após a repercussão do caso, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeou um conselheiro especial para investigar o tratamento de Biden com os documentos confidenciais do governo.
Em paralelo, um procurador especial está investigando o manuseio de documentos classificados por Donald Trump e suas tentativas de reverter sua derrota nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2020.
Fonte: g1
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