O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou em rede social, na madrugada desta quarta-feira (11), uma postagem com uma série de informações falsas e ataques ao sistema eleitoral. A postagem foi apagada cerca de duas horas depois.
No vídeo compartilhado, um procurador do estado de Mato Grosso do Sul divulga teses infundadas e já desmentidas sobre as eleições de outubro. Diz, por exemplo, que o povo brasileiro não tem "poder" sobre o processo de apuração dos votos.
A apuração eleitoral dos votos é pública e já foi detalhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diversas vezes. Os boletins de urna foram divulgados na internet e não houve, até o momento, uma única suspeita de fraude detectada.
O processo eleitoral brasileiro em 2022 foi acompanhado, fiscalizado e chancelado por dezenas de observadores nacionais e internacionais.
Bolsonaro compartilhou o vídeo a partir da postagem de uma apoiadora – o link original seguia no ar até a manhã desta quarta. Segundo o sistema da rede social, a postagem original contabilizava 110 mil visualizações.
O post original traz um alerta da Justiça Eleitoral sobre a confiabilidade das urnas, inserido automaticamente pela rede social. "O voto eletrônico é seguro e auditável. Veja mais informações no site da Justiça Eleitoral", diz o aviso, com link para o site do TSE.
Bolsonaro compartilhou o post dois dias após uma minoria de radicais bolsonaristas cometer atos de terrorismo em Brasília, depredando a sede dos três poderes da República – o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Ao longo dos atos de terrorismo, os golpistas gritavam contra o resultado das eleições e acusavam os poderes de terem fraudado a eleição de Lula, embora não haja qualquer indício de que isso tenha acontecido.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que 1.261 autos de prisão e apreensão foram lavrados nas investigações relacionadas aos ataques terroristas até a manhã desta quarta (11).
Na noite de terça (10), a Polícia Federal informou que 1,5 mil pessoas foram detidas por envolvimento nos atos. Do total, 727 suspeitos permaneceram presos e 599 foram liberados após assinarem termos de compromisso.
Fonte: g1
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