A Polícia do Distrito Federal identificou as empresas que alugam as barracas para o acampamento golpista instalado junto ao quartel-general do Exército no DF e tem pedido a retomada dos equipamentos.
O acampamento serviu de base para o planejamento de um atentado terrorista que visava impedir a posse de Lula (PT), segundo depoimento de George Washington de Oliveira Souza, preso em flagrante por terrorismo após montar uma bomba junto a caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília.
Fontes da investigação argumentam que não há autorização do governo do Distrito Federal para a instalação das barracas e que os golpistas contam com uma espécie de autorização tácita do Exército para permanecer onde estão – embora os militares também tenham começado a pedir a retirada dos equipamentos.
Na terça-feira (27), o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse que o general Dutra, do Exército, se comprometeu a acelerar a desmobilização do acampamento.
Os donos das barracas – algumas delas com 100 m², cujo aluguel no mercado supera os R$ 1 mil por dia – têm sido alertados pela polícia que os materiais que estiverem instalados em locais irregulares podem ser apreendidos.
A ideia de apelar aos fornecedores dos equipamentos é mais uma tentativa de remover de maneira pacífica o acampamento golpista – e diminuir a ameaça à população que, como mostrou o caso do terrorista preso, ele pode representar – antes do dia 1º, quando milhares de apoiadores de Lula devem participar da festa da posse do presidente eleito.
Com o blog revelou, presidente Jair Bolsonaro (PL), principal motivador – pelo silêncio – dos acampamentos golpistas, tem se recusado a agir para desmobilizá-los.
“[Os acampamentos continuam existindo] porque tem alguém alimentando. Bolsonaro passou de carro pela frente… lamento muito essa postura dele. Mas ele estimula", afirma um general ouvido pelo blog em condição de anonimato.
Na tarde de sábado (24), horas antes da prisão do suspeito de terrorismo, Bolsonaro passou em frente ao acampamento golpista em frente ao QG do Exército.
Fonte: Blog da Andréia Sadi
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