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quarta-feira, dezembro 28, 2022

Moraes analisa pedido de Dino para suspender porte de armas em Brasília no período da posse presidencial


A equipe de transição e o governo do Distrito Federal vão reforçar a segurança para a posse do presidente eleito. Para passar pelo meio do público, Lula estuda usar carro blindado.


O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, do PSB, pediu para o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes suspender o porte de armas em todo o Distrito Federal a partir de quarta-feira (28) até o dia dois de janeiro. O pedido já está sendo analisado no STF. Se for atendido, os CACs, colecionadores, atiradores e caçadores, não poderão transportar armas.


A medida não atinge a equipe de segurança, como policiais, por exemplo. Dino também se reuniu com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, e o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.



Ibaneis anunciou que todo efetivo de segurança vai estar mobilizado: policiais militares e civis, além de policiais infiltrados entre os participantes da posse.


Ele disse ainda que o acampamento de bolsonaristas em frente ao quartel-general, no setor militar urbano, área central de Brasília, já está sendo desmontado e que a área deve estar livre até o dia 1º.


“A gente aguarda novas operações até o dia da posse para que a gente possa desmobilizar esse pessoal que está aí. A gente tem consciência de que os movimentos, o Exército vem cuidando disso diariamente, desmontando parte dos acampamentos. Está acontecendo de forma bastante pacífica, graças a Deus. A mobilização está sendo feita pouco a pouco e isso tem trazido um ambiente de mais tranquilidade ali na área do QG do Exército”, diz o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB.

A preocupação com a segurança na posse aumentou depois que uma bomba foi encontrada perto do aeroporto de Brasília na véspera do Natal. A Polícia Federal e a do DF seguem investigando o ato praticado por bolsonaristas radicais. George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ter montado o explosivo, está preso. Em depoimento, ele disse que entregou o artefato a Alan Diego dos Santos Rodrigues. Os dois frequentavam o acampamento em frente ao QG do Exército. Segundo o governador Ibaneis, Alan não está mais na região. O caso é tratado como terrorismo.



“É um crime hediondo que tem uma pena que pode chegar até 30 anos de prisão. Então, nós estamos tratando realmente de atos que vão ser tratados como terrorismo e assim serão punidos pelo Poder Judiciário brasileiro, que nós confiamos muito”, afirmou Ibaneis.


“Não serão pequenos grupos terroristas, não serão pequenos grupos extremistas que vão emparedar as instituições e a democracia brasileira. Não há espaço para isso no Brasil”, afirmou Dino.

A Polícia Federal investiga se os envolvidos nesse caso são os mesmos que participaram da realização de atos de vandalismo em Brasília quando queimaram carros e ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no dia da diplomação do presidente eleito.


No início da tarde, o Senado fez uma simulação de como será a sessão solene da posse, com servidores representando as principais autoridades, como o presidente e o vice eleitos, da subida pela rampa do Congresso até a entrada no plenário da Câmara, onde serão lidos os termos de posse.


O futuro ministro da Justiça disse que todo o roteiro da posse está mantido, mas explicou que mudanças de última hora não estão descartadas. Uma das dúvidas é se o presidente eleito abrirá mão do tradicional carro aberto para usar um carro blindado durante o trajeto da Catedral até o Congresso.



Posse no Congresso, discurso no parlatório na área externa do Palácio do Planalto, recepção no Itamaraty e depois festa, o chamado Festival do Futuro, na Esplanada do Ministério.


Já está quase tudo pronto, dois palcos, duas homenagens, a Gal Costa e Elza Soares. Uma festa que começa cedo com a participação de mais de 60 artistas.


Fonte: g1

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