quarta-feira, novembro 30, 2022

Mulher achada morta em baú de cama conheceu suspeito no dia que saiu de casa para ver jogo do Brasil: 'Encontrou com esse monstro e a perdi', diz mãe

A mulher de 38 anos que foi achada morta dentro do baú de uma cama em Cidade Ademar, distrito da Zona Sul de São Paulo, conheceu o suspeito de matá-la no dia que saiu de casa para ver o jogo do Brasil, na última quinta-feira (24), segundo a família afirmou ao g1.


Sheila Lisboa foi achada morta dentro do baú de cama na Zona Sul de SP — Foto: Reprodução/Facebook


O suspeito foi preso nesta segunda-feira (28) na Avenida Eldorado, em Itaquaquecetuba. O caso foi registrado como homicídio pelo 98º Distrito Policial, Jardim Miriam, que requisitou perícia e exames necroscópico, sexológico e toxicológico. O nome dele não foi divulgado pela polícia.


"Infelizmente, ela saiu no dia do jogo e encontrou com esse monstro para tirar a vida dela e a perdi. Sofrimento está grande, viu. Graças a Deus a Justiça foi feita e espero que ele apodreça lá dentro da prisão, porque ele poderia fazer isso com mais vítimas. Eu perdi um pedaço de mim. Estou derrotada", disse a mãe da vítima, Idalice da Silva Lisboa.

"Eu não conhecia esse monstro e nem minha irmã. Ela estava com os amigos dela. Foi uma fatalidade do acaso estar junto. Eu queria ouvir ele para saber o motivo de fazer isso. Pensa numa menina com coração enorme? Ela era minha vida. Era a vida da minha mãe, pai, filho dela de 14 anos. Ele levou um pedaço da minha vida. Ele destruiu uma família inteira", ressaltou a irmã de Sheila, Tatiana da Silva Lisboa.


Sheila Lisboa com a mãe dela, Idalice Lisboa — Foto: Arquivo Pessoal/Tatiana Lisboa


Encontro do corpo

Ao g1, a irmã contou que Sheila saiu para assistir à estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo com os amigos em um bar, quando não retornou mais. A família, então, registrou boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento.



"Os amigos dela disseram para a gente que deixaram a Sheila com ele. Achamos estranho porque minha irmã não era de ceder assim para desconhecido. Então, na sexta-feira (25) eu, meu esposo, minha filha e genro fomos atrás dela na casa que esse homem alugou e morava. O dono deixou a gente entrar e não achamos nada. Ele deixou a casa arrumadinha. Ele teve audácia de deixar a casa arrumada. Só a cama estava bagunçada, mas a gente não olhou na cama nesse dia", diz Tatiana.


Sheila Lisboa foi achada morta em SP — Foto: Reprodução/Facebook


A irmã ainda relata que decidiu retornar para a casa do suspeito no domingo (27) para ver se encontrava algum documento ou objeto que pudesse ajudar nas buscas por Sheila.



"No domingo, eu falei para meu esposo para voltarmos na casa para ver se achávamos algum documento dele para tentar encontrá-lo. Nisso que a gente entrou de novo estava um cheiro estranho. Até falei para o dono da casa que na sexta não estava esse cheiro. O meu sobrinho entrou no quarto e subiu na cama para olhar, quando, em um espacinho da cama, o box afundou. Aí eu vi ela e comecei a gritar".


"Foi horrível. Sabe quando você vê um pedaço de você ali jogado por causa de um monstro? Eu só quero saber tudo que aconteceu e o motivo dele fazer isso. A polícia disse pra gente que ela foi esganada. Além disso, cartão de crédito dela sumiu, assim como o celular".


Quem era Sheila?

Sheila trabalhava como cabelereira, deixou um filho de 14 anos e o sonho era comprar uma casa para os pais, segundo a irmã.


"Era um presente. Uma pessoa alegre, menina maravilhosa. Ela tinha sonho de dar uma casa para meu pai, de ajudar minha mãe, de ver a família bem. Onde ela estava todo mundo ria. Todos os meus sobrinhos e filhos eram apaixonados por ela. Minha irmã era divertida. Pensa numa pessoa com coração gigante? Era uma pessoa de ouro", afirmou Tatiana.



"Era aquela pessoa que não podia ver ninguém sofrendo. Era apaixonada pelo pai dela", ressalta a mãe.


Sheila Lisboa com a irmã Tatiana Lisboa — Foto: Arquivo Pessoal/Tatiana Lisboa


Fonte: g1

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