O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu para a Polícia Federal ouvir a cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na investigação aberta na quinta-feira (10) para apurar se houve prevaricação e violência eleitoral durante o segundo turno das eleições de 2022.
A investigação foi aberta pela Polícia Federal, a pedido do MPF-DF. Os procuradores apontam irregularidades nas blitz feitas pela PRF no dia da votação e na demora em desfazer bloqueios ilegais em rodovias feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições.
Segundo o pedido do MPF, a PF tem que colher depoimento do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques e de mais cinco diretores:
Djairlon Moura, diretor de Operações;
Luís Carlos Reischak Júnior, diretor de Inteligência;
Wendel Benevides Matos, corregedor-geral e diretor de Controle Interno;
Marcos Pereira, diretor de Gestão de Pessoas;
Wilmen Silva Vieira, diretor de Administração e Logística.
A investigação, que é mantida sob sigilo, será comandada pela superintendência da Polícia Federal em Brasília, já que Vasques não tem foro privilegiado.
A PF vai apurar suspeitas de crimes diferentes, relacionados a episódios distintos das últimas semanas indicados pelo MP. Os policiais vão investigar:
se a fiscalização de ônibus com eleitores durante o segundo turno das eleições, com ênfase desproporcional na região Nordeste e contrariando decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, respeitou a legislação – e se houve ofensa ao livre exercício do direito de voto;
se Silvinei Vasques cometeu crime de prevaricação, por omissão, ao não orientar medidas mais enérgicas para a PRF desobstruir rodovias bloqueadas por atos de caráter golpista após as eleições, nas últimas semanas.
Fonte: g1
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