O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira (7) com procuradores-gerais de Justiça de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo para discutir eventuais investigações para descobrir se houve financiamento aos bloqueios golpistas em rodovias do país.
Nesta segunda, à GloboNews, o procurador Frederico Paiva, da Procuradoria da República do Distrito Federal (PRDF), afirmou que há indícios de que os atos ilegais nas estradas contaram com planejamento e estrutura financeira por trás.
"Tinham cobertura por trás. Ninguém abre mão de trabalhar por todo esse tempo se não há cobertura financeira por trás” , disse.
A preocupação de Moraes com financiadores de atos antidemocráticos já ficou demonstrada em outros inquéritos, como o que investiga a existência de milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro tem tomado decisões relacionadas aos bloqueios desde o início dos movimentos, que ele já declarou serem antidemocráticos.
Após o TSE confirmar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição do domingo (30), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) – derrotado na disputa – obstruíram estradas em protestos antidemocráticos contra o resultado das urnas.
O ministro pediu informações à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre, por exemplo, as multas aplicadas a caminhoneiros que participaram dos atos.
Na última terça-feira (1º), o STF confirmou por unanimidade a decisão individual de Moraes, que determinou que a PRF encerrasse os bloqueios de rodovias, além de aplicação de multas aos participantes dos bloqueios.
Segundo o ministro, "aqueles que criminosamente não estão aceitando, que estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”.
Fonte: g1
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