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sexta-feira, novembro 11, 2022

'Mercado não tem com o que se preocupar', diz Gleisi após reações à fala de Lula sobre estabilidade fiscal

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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (11) que o mercado não precisa se preocupar com Lula, porque “sabe como ele trabalha com as finanças públicas”.


Gleisi, uma das integrantes da comissão de transição do governo eleito, deu a declaração após o a repercussão sobre uma fala de Lula nesta quinta (10), quando disse que estabilidade fiscal não pode ser conquistada à custa do sofrimento das pessoas. Para Lula, o "mercado fica nervoso à toa".


“O mercado não tem com o que se preocupar. Conhece quem é Lula, sabe como ele trabalha com as finanças públicas, a responsabilidade que tem, e também conhece o compromisso social que ele tem”, disse a presidente do PT.


Gleisi afirmou ainda que a responsabilidade fiscal e social "devem ter por nossa parte a mesma visão de responsabilidade", mas disse que o governo "jamais" vai "abrir mão de ter a responsabilidade social colocada em primeiro lugar, porque estamos falando da vida das pessoas, estamos falando da sobrevivência das pessoas".


Conselho político

Gleisi concedeu entrevista após a primeira reunião do conselho político de transição criado para auxiliar nas ações do gabinete de transição de Lula.


Composto até o momento por representantes de 14 partidos políticos, o conselho auxilia nas discussões sobre as medidas que o novo governo adotará após a posse.


Gleisi afirmou que os 31 grupos temáticos criados no gabinete de transição terão de entregar relatórios com diagnóstico sobre a situação da máquina federal, que serão reunidos em um documento a ser entregue ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, coordenador da transição, e ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.


"O processo de transição é um processo de diagnóstico", destacou Gleisi.


Segundo ela, os relatórios serão encaminhados em 10 de dezembro com informações sobre a estrutura atual dos ministérios, contratos em andamento, portarias e decretos em vigor e os problemas que exigem soluções mais urgentes.


"É a situação de como se encontra a máquina do governo e as principais medidas emergenciais que tem que se tomar, se é que tem que se tomar já no início de governo", declarou


Dos 14 partidos com representantes no conselho, somente o MDB não participou do encontro, mas, segundo Gleisi, a sigla terá representante na reunião da próxima quinta-feira. Participaram do encontro desta sexta os seguintes aliado de Lula:



Eliziane Gama (Cidadania)

Antônio Brito (PSD)

Carlos Siqueira (PSB)

Daniel Tourinho (AGIR)

Felipe Espirito Santo (PROS)

Gleisi Hoffmann (PT)

Guilherme Ítalo (Avante)

Jefferson Coriteac (SD)

José Luiz Penna (PV)

Juliano Medeiros (PSOL)

Luciana Santos (PCdoB)

Wesley Diógenes (REDE)

Wolney Queiroz (PDT)

Comando do BID

Gleisi também declarou na entevistas que "acharia de bom tom" o adiamento da eleição do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O nome indicado pelo governo de Jair Bolsonaro foi o do economista Ilan Goldfajn


A presidente do PT foi questionada a respeito de um pedido enviado pelo ex-ministro Guido Mantega aos governos dos Estados Unidos, Chile e Colômbia solicitando o adiamento da escolha. A informação foi publicada pela CNN Brasil.


Gleisi disse desconhecer a informação e que não há orientação do gabinete de transição sobre o tema. Contudo, afirmou ser favorável ao adiamento.


"Em relação ao BID, nós não orientamos, mas eu acharia de bom tom eles adiarem. Nós temos um governo que foi eleito agora e não tem por que não esperar a posse do governo", disse


O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou Goldfajn, ex-presidente do Banco Central (BC), como candidato do Brasil ao cargo de presidente do BID.


A eleição está marcada para 20 de novembro. O presidente é eleito por um período de cinco anos, podendo ser reeleito apenas uma vez. O BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional de países da América Latina e do Caribe.


Fonte: g1

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