A central nuclear de Zaporizhzhia - a maior usina da Europa - foi fortemente bombardeada na manhã deste domingo (20), informou a Agência Internacional de Energia Atômica (IEAE). Segundo inspetores da agência que estão na usina, ao menos 12 explosões foram registradas no local.
A IEAE monitora a situação em Zaporizhzhia em uma missão especial, acordada entre as três partes há dois meses, após a comunidade internacional manifestar muita preocupação com um alto risco de um acidente nuclear pior que o de Chernobyl.
O grande desafio é que Rússia e Ucrânia sempre se acusam pela autoria dos bombardeios.
Neste domingo, ocorreu o mesmo. O Exército da Rússia acusou a Ucrânia pelos novos ataques. Moscou disse, no entanto, que o nível de radiação permanece "dentro das normas".
Kiev "não para suas provocações destinadas a criar uma ameaça de catástrofe provocada pelo homem na central nuclear de Zaporizhzhia", afirmou o Exército russo em um comunicado. No sábado (19) e no domingo, as forças ucranianas dispararam mais de "20 projéteis de grande calibre" contra a central, a maior da Europa, segundo a nota.
Kiev ainda não se pronunciou.
Os projéteis explodiram entre os blocos número 4 e 5 e atingiram o teto de um "edifício especial" próximo aos blocos, ainda de acordo com a Rússia.
A Rússia, que executa uma ofensiva na Ucrânia desde 24 de fevereiro, ocupa militarmente o território da central. O presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou a anexação da região, assim como de outros três territórios ucranianos.
Rússia e Ucrânia trocam acusações há vários meses sobre bombardeios na área da central nuclear, que está sob controle russo.
Fonte: France Presse
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