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segunda-feira, novembro 21, 2022

Investigação revela como agia organização criminosa que reunia traficantes de drogas de MG e milícias do RJ

O Fantástico traz o resultado de uma investigação que revelou uma conexão entre a milícia do Rio de Janeiro e o tráfico de drogas no Triângulo Mineiro. Segundo a Polícia Federal, um ex-presidente de clube de futebol, em Goiás, também participava da quadrilha.


Só até setembro de 2022, quase 3 mil cargas foram levadas por criminosos no Rio de Janeiro. Esse cenário de violência tem outro lado criminoso. Segundo a Polícia Federal de Minas Gerais, as empresas eram praticamente forçadas a contratar o serviço de escolta armada. Caso contrário, seria grande o risco de roubo das mercadorias.


O policial militar Marcos Paulo Ferreira dos Santos é um dos líderes do esquema no Rio, segundo as investigações.



"Existe uma condicionante, caso não haja esse tipo de segurança, dificilmente essas cargas vão chegar ao seu destino final”, diz o delegado da PF Renato Beni da Silva.

Na hora de oferecer a escolta, Marcos Paulo usa a posição de policial militar como atrativo.


O sócio dele, segundo a investigação, é William de Oliveira Reis. De acordo com a apuração, além de sócio do PM, ligado às milícias do Rio de Janeiro e ao esquema de contratação de escolta ilegal, William também tinha parceria com o crime organizado no Triângulo Mineiro.


A Polícia Federal apura o envolvimento de criminosos em pelo menos oito estados. Em Goiás, um ex-presidente de um clube de futebol da primeira divisão é suspeito de enviar cocaína para traficantes do Triângulo Mineiro. A estimativa é de que a organização criminosa tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão. 


Apreensões durante operação 'After' — Foto: Polícia Federal/Divulgação


O que dizem as defesas


A defesa do PM Marcos Paulo e de William Reis confirma que os dois são sócios, mas que nunca integraram milícia alguma, nunca lavaram dinheiro, nunca traficaram armas e nunca integraram nenhum tipo de organização criminosa


Diz ainda que o fuzil que William aparece segurando no vídeo é um equipamento de Airsoft – ou seja não letal.


Em nota, a Polícia Militar do Rio confirmou a "prisão de um agente da corporação".


A defesa de Adriano Alves - que está foragido - afirmou que as acusações contra ele "são fundadas em suposições, não condizentes com a verdade".


O advogado de Tiago G10 também insiste na inocência do cliente - o ex-dirigente está foragido.


A defesa de Marco Túlio diz que o cliente já confessou o crime na Operação Balada e que de lá para cá não cometeu novos crimes.


Fonte: Fantástico

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