O estado de São Paulo voltou a registrar nesta terça-feira (15) mais de 300 novas internações por dia de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 pela primeira vez desde 27 de julho deste ano, apontam dados da Secretaria de Estado da Saúde. É a média mais alta em quatro meses.
Ainda conforme os dados, 8 em cada 10 internações, tanto em enfermaria quanto em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estão concentradas na Grande SP. A média na região é de 242 novas internações por dia.
Já na capital paulista, a média de novas internações foi de 195 na terça-feira. O número dobrou em dez dias, já que, em 6 de novembro, a média era de 92 novas internações.
Apesar disso, o número de mortes está em queda, abaixo de 30 óbitos por dia, variando entre 14 e 29.
Internação na UTI
Os dados do governo apontam também que um novo ritmo tem feito a taxa de ocupação de leitos de UTI subir na capital paulista. Até esta terça, a média era de 337 pacientes internados na UTI, sendo a maior média desde 1º de agosto.
Ainda segundo o Censo Covid, desde 1º de novembro, o total de leitos de UTI destinados ao atendimento de pacientes com Covid aumentou 23%, passando de 489 para 601. Por isso, a taxa de ocupação está em 56,15%, a maior desde 22 de julho.
Além disso, o total de leitos ocupados aumentou 84%, de 183 para 337.
Média móvel de mortes em queda
O Brasil registrou na segunda-feira (14) 24 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 688.770 desde o início da pandemia. A média móvel é de 33 mortes por dia, com variação de -32% em relação a duas semanas atrás, o que aponta tendência de queda há 14 dias seguidos.
No total, o país registrou 2.582 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.963.985 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 7.786. A variação foi de +61% em relação à média de duas semanas atrás.
Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.
Em alta (3 estados): AM, PA, RS
Em estabilidade (8 estados): SP, MT, MS, AL, PB, RO, AP, SC
Em queda (5 estados): ES, CE, MA, SE, PR
Não divulgaram até 20h (10 estados e o Distrito Federal): AC, BA, DF, GO, MG, PE, PI, RJ, RN, RR, TO
Médica critica falta de comunicação oficial
A infectologista Luana Araújo criticou a falta de informações oficiais sobre um novo episódio de aumento de casos de Covid-19 no Brasil e disse que a população foi deixada 'à própria sorte' pelos governos.
Em entrevista à GloboNews, Luana alertou para a necessidade de se ter uma comunicação centralizada, que seria de responsabilidade do Ministério da Saúde, para informar a população sobre as fases da pandemia. E criticou o fato de estados terem orientações diferentes sobre a vacinação e medidas de contenção da doença.
"Isso cria uma confusão e gera um amadorismo na vigilância, o que faz com que as pessoas percebam que os casos estão aumentando antes da gente ter uma comunicação oficial de uma perspectiva de aumento de casos, que é o que deveria ter acontecido. Vimos essa onda acontecendo na Europa e nos Estados Unidos em um passado recente, já era para a gente ter compreendido, aprendendo as lições anteriores da pandemia, que isso ia chegar aqui", afirmou.
Fonte: g1
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