Pela primeira vez na História, as duas Coreias fizeram disparos de mísseis ao território vizinho nesta quarta-feira (2).
No início da manhã, a Coreia do Norte disparou 23 mísseis de vários tipos, segundo o Estado-Maior da Coreia do Sul. Seul acusou Pyongyang de invadir seu território, também pela primeira vez desde a separação das duas Coreias, e retaliou também com lançamento de mísseis ao território vizinho.
Um dos projéteis lançados pela Coreia do Norte atingiu o sul da Linha do Limite Norte (NLL), que é a demarcação marítima entre as Coreias e uma área de tensão entre os países. Outros tipos de armamentos já haviam sido disparados nesta direção, mas nunca um míssil balístico.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse que o míssil norte-coreano que cruzou a fronteira marítima entre os dois vizinhos e caiu perto de suas águas territoriais constitui "uma invasão territorial".
Yoon afirmou que a provocação da Coreia do Norte "constitui de fato uma invasão territorial com um míssil que cruzou a linha de fronteira norte pela primeira vez desde a divisão" da península, disse seu gabinete em comunicado.
O projétil caiu 26 quilômetros ao sul da NLL, a apenas 57 quilômetros da cidade sul-coreana de Sokcho, na costa leste, e a 167 quilômetros de Ulleung. Esta foi a primeira vez que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico em direção ao sul, segundo Seul.
Em retaliação, as Forças Armadas sul-coreanas Seul também dispararam mísseis que atingiram ao norte da NLL, alcançando portanto território norte-coreano.
Os lançamentos ocorreram poucas horas depois de Pyongyang exigir que os Estados Unidos e a Coreia do Sul interrompessem os exercícios militares em larga escala, dizendo que "tal provocação e imprudência militar não podem mais ser toleradas".
De acordo com a rede de notícias pública japonesa "NHK", o governo do Japão convocou uma equipe de emergência composta por funcionários de ministérios e agências relacionadas ao Centro de Gerenciamento de Crises do Gabinete do Primeiro Ministro.
O ritmo de lançamento de mísseis pelos norte-coreanos têm crescido nos últimos meses. Só entre setembro e outubro de 2022, o país disparou dez projéteis, uma frequência sem precedentes.
Fonte: g1
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