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quinta-feira, novembro 24, 2022

Após vitória do Brasil com gols de Richarlison, 'pombomania' toma conta da torcida

Só deu ele! No Catar, em campo e até nas areias de Copacabana, na Zona Sul do Rio, no Fifa Fan Fest. É que depois de marcar dois gols da vitória do Brasil em jogo contra a Sérvia, Richarlison virou o nome mais comentado no meio da torcida brasileira.


Só comentando, não. Imitado na dança do pombo e até no corte de cabelo.


"Sou fã do Richarlison, do Vinicius Jr. e fanático pela Seleção Brasileira. Tanto que fiz até o cabelo igual ao dele", disse Rodrigo Azevedo, de 25 anos, que estava curtindo o jogo com amigos nas areias do Fifa Fan Fest.


Rodrigo Azevedo com sua arruda no cabelo à la Richarlison — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Richarlison e seu corte "atizica" com arruda — Foto: Reprodução/Redes sociais

Já os amigos de Rodrigo, que até apostavam em outros jogadores como destaque do jogo antes da partida, tiveram que improvisar na dancinha mesmo. A dancinha do pombo, claro! (Veja no vídeo acima).


Foi o caso de Leonardo Pacheco, de 30 anos, morado da Praça Seca, e de Vitor Gonçalves, de 26, e que veio da Taquara, bairros que ficam na Zona Oeste do Rio.


"Esse moleque é fã do Richarlison, nosso Richarlison, e somos todos pombos", disse Leonardo.


A origem da 'pombomania'

Conhecido como pombo, Richarlison, que joga no Tottenham, da Inglaterra, costuma comemorar seus gols imitando um pombo, inclusive com o característico barulho do animal, o "pruuu".


A brincadeira começou em 2018, por causa da música "Dança do Pombo", de MC Faísca e os Perseguidores, que viralizou e o atacante fez sucesso com um vídeo em que aparecia fazendo a dacinha do pombo.


Telão de mil polegadas

O torcedor que escolheu a arena do Fifa Fan Fest para acompanhar a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Catar nesta quinta-feira (24) passou bem. Além dos shows de Ferrugem e Dudu Nobre a organização do evento ofereceu um um telão de 645 metros quadrados, mil polegadas e alta definição, que permitia ver a partida de qualquer ponto da arena - com capacidade para 20 mil pessoas.


Telão de mil polegada fez sucesso no Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Torcedor Carlos Henrique, na arena de Copacabana: fé no hexa — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Tiago Leal com a namorada: "Habib és" — Foto: Marcos Serra Lima/g1

José Geraldo com o look "Força da natureza" — Foto: Eliane Santos/g1

Festa da torcida brasileira com o gol de Richarlison em Copacabana — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Só Deus e "São Maradona" sabem como foi difícil a terça-feira (22), pós-jogo da Argentina contra a Arábia Saudita, para o barbeiro Gustavo Gagliano, de 19 anos.


Argentino de Córdoba, ele está no Brasil há oito meses, e há seis trabalha em uma barbearia em Copacabana, na Zona Sul do Rio, cheia de brasileiros que não tiveram pena da derrota do time albiceleste para os árabes por 2 a 1.


"Sou apaixonado por futebol, curto, acompanho, mas não teve jeito. Tive que aguentar eles falando", disse o argentino sob sorrisinhos dos colegas, mas vestindo a camisa de sua seleção e garantindo que não vai agourar o Brasil nesta quinta-feira (24) em jogo contra a Sérvia.


"Senão sou demitido", brincou torcedor, que tem foto de Lionel Messi em sua bancada de trabalho.


A foto de Messi faz parte da decoração da bancada de Gustavo na barbearia, em Copacabana, Zona Sul do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Zebra deu prejuízo a apostador

Pior do que o dia de Gustavo Gagliano, só o do entregador Eduardo Ferreira Samuel, de 34 anos. É que ele perdeu dinheiro na terça, quando apostou na vitória da Argentina, e na quarta (23), quando dava como certa a vitória da Alemanha. Mas a zebra não deixou.


"Era para eu ter ganhado R$ 500 com a vitória da Argentina, e R$ 200 com a da Alemanha, mas não deu, tomei uma pernada. Mas acho que ainda vai ter muita zebra nessa Copa", diz colocando em dúvidas a vitória do Brasil.

"Se entrar com salto alto, já viu, né? Mas nem ligo, prefiro ver o Flamengo jogar. Minha seleção é vermelho e preto", diz ele rezando para a mulher não ler a reportagem e descobrir que a zebra anda garfando o orçamento de casa.


Eduardo Ferreira Samuel, 34, apostou na Argentina e perdeu; apostou na Alemanha, perdeu. E decidiu apostar na Sérvia, contra o Brasil — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Eduardo Ferreira Samuel, 34, entregador, acompanha o placar de Bélgica e Canadá e checa a aposta feita — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Mistura do Brasil com a Alemanha

A Alemanha também causou estragos emocionais na vida de Aisha Moura, de 22 anos. Filha de pai alemão e mãe brasileira, ela não esperava ter que lidar com uma derrota da Seleção Alemã logo na estreia, contra o Japão, na quarta-feira (23), por 2 a 1.


"Não esperava, mas tô aqui. Sigo torcendo e tenho certeza que a gente vai vencer o segundo jogo. Tem que!", diz suspirando mesmo sabendo que o próximo confronto será contra a Espanha, que venceu a Costa Rica por 7 a 0.


Aisha Moura, estudante, 22 anos, tem pai alemão e mãe brasileira e o coração divido na Copa do Mundo — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Apesar da zebra ter pastado em solo alemão, Aisha torce pelo bichinho na Copa.


"Acho bacana, mostra que o futebol está democratizado e espero que dê muitas zebras a favor das seleções africanas", diz já na torcida para Camarões contra a Suíça na quinta-feira (24).

Ela descarta um resultado inusitado no jogo do Brasil, diz que torce para o time de Tite e que nem mesmo no fatídico 7 a 1, da Copa do Brasil, deixou de torcer para as duas seleções.


"No começo, quem ganhasse estava bom. Depois fiquei meio sem graça com tantos gols e só queria que o jogo acabasse logo", lembra rindo.


Aisha Moura: torcida pela recuperação alemã e vitória brasileira — Foto: Marcos Serra Lima/g1


'A Copa do Naruto'

Feliz na quarta-feira (23), pós-jogo da Alemanha contra o Japão, só o ambulante Daniel Moreira, de 30 anos, que aproveitou para estrear sua camisa da Seleção Japonesa.


"Eu vendo muita coisa aqui na praia, inclusive camisa. Separei essa para mim porque achei bonita e, como o Japão ganhou, resolvei usar hoje. Acho que eles ainda vão longe na Copa, só não vão ganhar do Brasil. Mas vai passar de fase sim", diz.


"Vai ser a Copa do Naruto", ri e beija o escudo da camisa japonesa.


Daniel Moreira, 30 anos, ambulante, trabalhou na tarde desta quarta-feira, 23, em Copacabana vestindo a camisa do Japão — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Daniel Moreira, 30 anos, ambulante, trabalhou na tarde desta quarta-feira, 23, em Copacabana vestindo a camisa do Japão — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Fonte: g1

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