O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou neste domingo (23) a remoção de postagens do deputado André Janones (Avante-MG) que ligam o ex-deputado Roberto Jefferson à campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Jefferson foi preso neste domingo (24) após atirar em policiais federais no Rio.
O pedido foi feito pela coligação do candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro. Segundo os advogados, “André Janones, de forma vil e com o intuito de se aproveitar de uma situação abominável para angariar votos para através de informações sabidamente falsas, iniciou uma série de postagens tentando associar Roberto Jefferson à coordenação da campanha presidencial de Jair Bolsonaro à reeleição para o cargo de Presidente da República, bem como o apoio deste aos atos criminosos perpetrados contra a Polícia Federal”.
Segundo Moraes, ficou constatada a “existência de divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado”.
A decisão determina que Janones e as redes Twitter e Instagram removam as postagens imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Ele também deve se abster de postar novos comentários com o mesmo conteúdo.
“De fato, o conteúdo veiculado nas postagens realizadas pelo representado, em 23/10/2022, se descolam da realidade, por meio de inverdades e suposições, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, a crer que Roberto Jefferson seria o coordenador de campanha de Jair Messias Bolsonaro e que o candidato teria manifestado apoio aos atos criminosos cometidos na data de hoje [domingo]”, afirmou o ministro.
Ainda conforme o presidente do TSE, Bolsonaro se manifestou sobre o incidente “em sentido contrário ao afirmado” por Janones, “de modo que os conteúdos impugnados decorrem de interpretação e presunção tendente a desinformar o eleitorado sobre a posição do candidato no caso do episódio, com repercussão nacional”.
“Em suas postagens, Jair Messias Bolsonaro afirmou repudiar os atos criminosos cometidos”, destacou Moraes.
Prisão de Jefferson
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) chegou no início da madrugada desta segunda-feira (24) ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, cerca de 14 horas depois de receber voz de prisão da Polícia Federal e de reagir a tiros e granadas, na manhã de domingo (23).
O aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou policiais federais que foram a Comendador Levy Gasparian, no interior do RJ, para cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Jefferson teve a domiciliar revogada após postagem de um vídeo em que xinga a ministra Cármen Lúcia.
Ainda no domingo, o presidente Jair Bolsonaro repudiou as ofensas a Cármen Lúcia e a ação armada, mas criticou o inquérito do STF e determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local.
Fonte: g1
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