Os alimentos fabricados a partir do próximo domingo (9) vão seguir os novos rótulos determinados pela Anvisa para facilitar a informação para o consumidor.
Muitos consumidores se confundem na hora de ler as tabelas nutricionais de alguns produtos. “Não consigo ver direito não, a letra é pequena e o tipo de papel dá luminosidade que reflete”, relata a professora Fabiana Ferreira Gomes.
As novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária querem dar mais clareza aos rótulos. As tabelas vão ser brancas com letras pretas para ressaltar as informações. Serão informados: a quantidade de açúcares totais e adicionados, o valor energético e de nutrientes, sempre por 100 g ou 100 ml para facilitar a comparação de produtos.
O número de porções também passa a ser obrigatório. A principal mudança é a identificação na frente da embalagem, na parte superior, dos produtos com alto teor de açúcar, gordura saturada e sódio que, em excesso, podem fazer mal à saúde.
Segundo a Anvisa, quanto mais informação nos rótulos melhor, principalmente para quem tem intolerância alimentar, alergia ou tem doenças como diabetes ou hipertensão.
A Lívia tem doença celíaca, causada por intolerância ao glúten, proteína encontrada no trigo, aveia, cevada e centeio. Faz uma dieta rígida para não ter problemas de saúde. Ela gostou das mudanças anunciadas.
“Às vezes a letrinha é muito pequena, ou as vezes está em um local da embalagem que tem umas ondinhas, ou no amarelo, no vermelho, meio embaçado, aí é terrível”, relata a nutricionista Lívia Perez.
As mudanças entram em vigor no domingo (9). Mercadorias com prazo de validade mais longo e que já estão no mercado vão ter mais para se adaptar, como bebidas em garrafas retornáveis.
“A medida que o consumidor tem acesso as informações mais detalhadas e mais exatas dos produtos, ele passa a ter maior consciência sobre aqueles produtos que está consumindo e naturalmente, como efeito secundário, os fabricantes acham por melhorar a qualidade nutricional dos seus produtos para atender a demanda dos seus consumidores”, explica o coordenador de Padrões e Regulação de Alimentos da Anvisa, Tiago Rauber.
Fonte: Jornal Nacional
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