Pacientes do município de Parnamirim, na Grande Natal, que fazem uso de medicamentos controlados estão reclamando que as medicações e os insumos distribuídos pela rede pública estão em falta na cidade. Os relatos chegam a até cinco meses de atraso em alguns medicamentos.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim disse que "grande parte dos medicamentos controlados já foram recebidos e estão em dia na farmácia básica e que, "em breve, outra parte dos medicamentos será entregue pelos fornecedores, os quais estão dentro do prazo estabelecido após a ordem de compra".
Uma das pessoas afetadas é a dona de casa Maria Cristina, de 52 anos. Na casa em que ela mora, três pessoas fazem uso dos medicamentos controlados. Ela diz que, se for comprar apenas três medicamentos, o valor supera um salário mínimo.
"Fora também a Fluoxetina, que são três caixas e dois comprimidos por dia, e o Diazepam, que sempre falta também no galpão. Quando a gente chega lá, sempre dizem que não estão com essa medicação, que fizeram o pedido e que não chegaram. Nunca chegam essa medicação", lamenta Maria Cristina.
A autônoma Alessandra Galvão tem precisado tirar do próprio bolso para fazer o tratamento contínuo da diabetes. Há dois meses ela vai ao ponto de entrega sem conseguir o material necessário, como fita para medição da glicemia, lanceta para perfuração e seringa para aplicação da insulina.
"A verificação da glicose tem que ser constante, todo dia. E se não for feito, como você vai ver como está o nível de açúcar no sangue? Então as fitas são essenciais, todo dia a gente usa", lamentou.
"Quando a gente vai lá, dizem que não tem. Já passaram o número de telefone pra gente ligar, para não estarmos indo e voltando. E agora quando a gente liga é assim [sem ninguém atender], muitas vezes", citou.
Esses produtos atualmente são distribuídos no Centro Especializado de Prevenção e Tratamento de Úlcera Crônica (CEPTUC). De acordo com a Secretaria de Saúde, esses materiais, como fitas e lancetas, terão a entrega normalizada até o fim desta semana.
Fonte: g1
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