O empresário Rafael Ferreira Birro de Oliveira, 35 anos, identificado pela Polícia Civil como sendo o agressor da faxineira Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, foi intimado a prestar depoimento nesta terça-feira (20), no entanto, não compareceu.
De acordo com a Polícia Civil, o advogado do empresário pediu para que ele seja ouvido em outra data, de "forma reservada".
O g1 Minas tenta localizar o advogado do empresário Rafael Birro.
Representação Criminal
Nesta segunda-feira (19), três dias após ser agredida por um homem enquanto lavava uma calçada no bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a faxineira Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, fez uma representação criminal.
O caso segue no Juizado Especial Criminal A vítima foi orientada a ir à Justiça, onde será marcada a data da primeira audiência criminal.
A delegada Marina Cardoso Nascimento disse que o suspeito não tem histórico de outros crimes.
"Não imaginava que eu ia passar esse final de semana da maneira que foi: sem dormir direito, sem comer, assustada, deprimida. Chegar aqui hoje foi muito difícil porque eu nunca passei por esse momento, nunca imaginei que eu ia ter que chegar em uma delegacia por causa de uma agressão. Minha esperança é que a justiça seja feita, que a justiça fique do meu lado e que aqui vou conseguir punir esse covarde", desabafou.
A faxineira já tinha registrado um boletim de ocorrência no dia da agressão. No sábado (17), ela passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da capital.
O caso
As agressões sofridas pela faxineira Lenirge Alves de Lima aconteceram na sexta-feira (16), enquanto ela lavava a calçada do prédio em que trabalha usando uma mangueira.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o agressor tentou passar pelo local, em frente a um condomínio. Houve uma discussão e, em seguida, ele tirou a mangueira das mãos da mulher com violência e a deixou encharcada.
A faxineira, que caiu no chão, machucou o joelho.
"Ele tomou a mangueira e já foi jogando no meu rosto, me sufocando, e eu sem poder gritar. O porteiro perguntou por que eu não gritei, mas não tinha como", disse Lenirge.
Fonte: g1
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