O papa Francisco chegou nesta terça-feira (13) ao Cazaquistão, onde participará do 7º Congresso de Líderes das Religiões Mundiais. Havia expectativa de que o pontífice encontrasse o líder da igreja ortodoxa russa, o Patriarca Kirill, mas Kirill, forte defensor da invasão russa à Ucrânia, cancelou sua presença no congresso.
Francisco, de 85 anos, chegou ao país após seis horas de voo e ficará três dias no encontro. Com problemas de mobilidade, o papa recorreu pela primeira vez uma rampa para embarcar no avião em Roma em cadeira de rodas.
Na chegada, Francisco disse estar disposto a ir à China a qualquer momento, mas "não tem notícias" sobre um suposto encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, no Cazaquistão. O líder da China também já está no país.
O encontro religioso durará três dias. Esperava-se que o Patriarca Kirill - envolto em polêmicas por defender a invasão russa à Ucrânia e ter relação de proximidade com o presidente russo, Vladimir Putin - participasse, e Francisco disse várias vezes que estava disposto a conversar com ele.
No início do ano, o Papa cancelou um encontro que teria com Kirill em junho em Jerusalém por conta da guerra na Ucrânia. Francisco chamou o líder ortodoxo de marionete de Putin.
A guerra na Ucrânia provavelmente deixará uma longa sombra na reunião, que deve contar com a presença de mais de cem delegações de cerca de 50 países.
Na chegada ao Cazaquistão, o pontífice - que sempre pede o fim da guerra na Ucrânia - foi recebido pelo presidente do país, Kassym Khomart Tokayev, que é aliado de Vladimir Putin.
Em seu discurso de domingo, Francisco chamou sua viagem ao Cazaquistão de "uma peregrinação de diálogo e paz" e na próxima linha pediu orações pelo povo ucraniano, que ele disse muitas vezes estar sendo "martirizado".
Existem apenas cerca de 125.000 católicos entre os 19 milhões de habitantes do vasto país da Ásia Central, que é uma antiga república soviética. Cerca de 70% dos cazaques são muçulmanos e cerca de 26% cristãos ortodoxos.
Francisco rezará uma missa para a pequena comunidade católica.
Fonte: g1
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