O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, questionou neste sábado (3) em um evento de campanha se as mulheres prefeririam, em uma situação de perigo, "sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola".
No momento da declaração, Bolsonaro disse que já tinha feito a pergunta a mulheres em outro evento de campanha.
"Uma vez na minha campanha, eu botei umas senhoras em cima de um local como esse e falei para elas o seguinte: 'Vamos supor que você está sozinha à noite numa estrada e de repente fura o pneu do teu carro. Você vai ter que se virar ou trocar o pneu, e aí você percebe que está chegando gente que pode lhe causar algum problema. Você preferia sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola?'", declarou o candidato.
"Ninguém aqui é contra a Lei Maria da Penha, inclusive o meu governo e da Damares [ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos] foi o que mais prendeu 'machões' no Brasil", prosseguiu.
Nos últimos meses, Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro têm realizado eventos de campanha com mulheres na tentativa de reverter a rejeição da campanha no eleitorado feminino.
O blog da Andréia Sadi mostrou nesta sexta (2) que a campanha de Lula deve intensificar a ofensiva junto a mulheres evangélicas para tentar uma vitória em primeiro turno. A estratégia inclui críticas à política armamentista de Bolsonaro – que, segundo a análise do PT, afasta o eleitorado feminino.
Ataques a adversários
Ainda durante o evento, Bolsonaro zombou da proposta do candidato do PT, Lula, sobre transformar clubes de tiro em bibliotecas, como medida para diminuir o uso de armas de fogo no país.
"E agora quer que o povo acredite que se ele chegar à presidência, ele vai dar picanha. Diz, por exemplo, que vai transformar os clubes de tiro em biblioteca. Tem caído e muito a violencia no Brasil, mortes violentas, depois que nós chegamos ao governo, uma das medidas que nós tomamos, eu sei que muita mulher que ta aqui é contra a arma, é um direito de vocês, mas legalmente a arma é uma garantia que, você junto com sua familia, não sofram violência dentro de casa", afirmou Bolsonaro.
O presidente também atacou a candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, ao questionar o posicionamento dela em defesa das mulheres na CPI da Covid, no ano passado.
"Como disse a primeira-dama sobre a mulher que entrou na Justiça para retirar a propaganda dela da televisão. Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, Nise Yamaguchi e a senhora Mayra Pinheiro, médicas, deporem na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodriques, e o que essa senadora fez? Nada. Deixou duas mulheres serem maltratadas. Aí fala, minha vice é uma mulher, vota em mulher, mas de defender as mulheres na prática, nada", disse.
Fonte: g1
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