Depois do entendimento entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério da Defesa, o comitê da reeleição do presidente Jair Bolsonaro quer tratar as polêmicas sobre urnas eletrônicas como uma “página virada” e esquecer o assunto. Pesquisas internas apontam que Bolsonaro perde apoio quando faz seus ataques infundados contra o sistema eleitoral brasileiro, trazendo prejuízo político para ele próprio.
Nesta quarta-feira (31), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, tiveram um segundo encontro e, ao final, o tribunal divulgou uma nota destacando que firmou-se o entendimento de que o sistema eleitoral é confiável e que o teste de integridade das urnas realizado periodicamente é correto, pondo fim a uma polêmica entre os dois lados.
Ao final do encontro, Moraes se comprometeu a analisar um projeto-piloto de teste de integridade das urnas no dia da eleição com uso de biometria.
Esse era um dos pedidos feitos pelo Ministério da Defesa, mas se chocava com a resistência do antecessor de Moraes à frente do TSE, Edson Fachin. Segundo assessores do ministro, a avaliação será feita por equipes técnicas do TSE e da Defesa para checar a viabilidade da adoção da medida ainda neste ano.
Após a reunião desta quarta, ministros do governo Bolsonaro disseram ao blog que os dois lados cederam para que fosse firmado um entendimento e, com isso, colocar um ponto final nas discussões sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro. A expectativa da equipe do presidente Bolsonaro é que ele abandone de vez, agora, os ataques às urnas eletrônicas, focando na eleição.
O teste para a nova postura de Bolsonaro, segundo seus próprios assessores, será as comemorações do 7 de Setembro. A equipe da campanha espera que ele não faça o mesmo que no ano passado, quando criticou as urnas eletrônicas e colocou em dúvida até a realização das eleições neste ano.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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