Os aliados do presidente Jair Bolsonaro não gostaram nem um pouco dos ataques feitos por ele neste fim de semana ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Eles até concordam com as críticas feitas ao ministro, mas, pragmáticos, avaliam que neste momento elas dificultam o trabalho do comitê da reeleição para reduzir a rejeição do presidente da República junto aos eleitores.
Bolsonaro, agora, tem criticado Alexandre de Moraes por causa da operação autorizada por ele contra empresários bolsonaristas, que, num grupo de troca de mensagens, discutiam a possibilidade de um golpe se Lula ganhar as eleições. A equipe de campanha destaca que, pelo menos até agora, o presidente abandonou as críticas às urnas eletrônicas.
Em avaliações feitas nos últimos dias, a redução no patamar de rejeição do presidente Bolsonaro, que tem ficado acima de 50%, virou “prioridade total” do comitê da reeleição. Se ela permanecer acima de 50%, a reeleição do presidente fica inviabilizada.
Por isso, no programa de rádio e TV, o trabalho da equipe é de mostrar um Bolsonaro menos agressivo e sem empatia, e colocar no ar o candidato mais paz e amor, que adotou várias medidas em defesa das mulheres.
“O problema é que o trabalho que a equipe de marketing faz de um lado o presidente acaba contribuindo para descontruir quando aparece atacando de forma virulenta o ministro Alexandre de Moraes e mulheres. Assim não há como reduzir a rejeição dele”, alerta um líder do Centrão no Congresso.
A maior preocupação dos aliados é com as comemorações do Sete de Setembro. Segundo eles, se o tom for agressivo, com ataques ao Judiciário e defesa de golpe, a população não vai apoiar e a rejeição de Bolsonaro pode até aumentar, em vez de cair.
O ponto positivo dos últimos dias, avaliam assessores presidenciais, é que ficou praticamente certo que haverá segundo turno na eleição presidencial, dando mais tempo para que o comitê da reeleição trabalhe uma estratégia de redução da rejeição de Bolsonaro.
Segundo a equipe do presidente, o segundo turno será uma batalha das rejeições. A de Bolsonaro, hoje, é maior que a de Lula.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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