As mortes por pneumonia causada pela bactéria legionella chegaram a cinco neste domingo (4), na cidade argentina de Tucumã, onde 11 pessoas se infectaram em uma clínica de saúde particular, informou o Ministério da Saúde da província homônima.
"Trata-se de um homem de 64 anos de idade, com comorbilidades, que estava internado em estado grave, no setor público", declararam as autoridades provinciais em comunicado.
Até a última atualização desta reportagem, o total de pacientes infectados havia chegado a 11 (veja a cronologia dos diagnósticos ao final desta reportagem). Os sintomas incluem febre, dores musculares e abdominais, diarreia e falta de ar.
O laboratório público de doenças infecciosas do Instituto Malbrán identificou a legionella como "o agente etiológico causador do surto de pneumonia bilateral [que atinge os dois pulmões]", revelou neste sábado (3) a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti.
"Estamos tipificando o tipo específico da bactéria, mas é possível que seja [legionella] pneumophila", disse Vizzotti. Dos 11 infectados no surto notificado em 18 de agosto, oito eram profissionais de saúde da clínica.
Encontrada em ambientes de água doce, como lagos e riachos, essa bactéria pode se propagar através de tubulações de água e dutos de ar-condicionado. Ela provoca a doença do legionário, um tipo de pneumonia rara e muito grave, que causa febre e infecção pulmonar aguda.
Os casos estão ligados à clínica particular Luz Médica, em Tucumán, e afetaram sobretudo profissionais de saúde, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), que passou a monitorar o surto e a auxiliar autoridades locais.
Antes da confirmação de que os casos estavam ligados à legionella, Hector Sale, presidente da faculdade de medicina da província de Tucumán, havia declarado: "não estamos lidando com uma doença que causa transmissão de pessoa para pessoa". De acordo com ele, a avaliação se baseia no fato de que não foram identificados casos entre contatos próximos de nenhum dos pacientes.
Desde o primeiro momento, a Covid, a gripe, a influenza e o hantavírus foram descartados como causas do surto.
Fonte: France Presse
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