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terça-feira, agosto 30, 2022

RN é estado mais avançado na realização do Censo 2022, diz IBGE

O Rio Grande do Norte é o estado mais avançado na realização do Censo Demográfico de 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O primeiro balanço da pesquisa foi divulgado nesta terça-feira (30), com dados coletados até esta segunda-feira (29).


IBGE realiza teste para o Censo 2022 no município de Passagem, no RN — Foto: Divulgação


O RN é o estado com mais setores em que o Censo começou a ser feito ou está concluído. Dos 5.972 setores do território potiguar, em 3.165 os recenseadores, no mínimo, iniciaram a mais importante pesquisa. Isso representa mais da metade (53%) dos setores do estado.


Pernambuco (52,45%) e Distrito Federal (52,04%) seguem logo atrás do Rio Grande do Norte. Os setores censitários são pequenas divisões do território, que facilitam a execução de pesquisas estatísticas. Cada recenseador trabalha em um setor por vez.



Em 29 dias de operação, 1.390.160 pessoas de 474.279 domicílios foram recenseadas em terras potiguares. Em 472.836 domicílios, a coleta do Censo foi presencial. Em outros 568, a entrevista foi por telefone. A resposta pela internet ocorreu em 875 residências.


As respostas por internet e telefone só são possíveis depois de um contato inicial com o recenseador, já que esse profissional é responsável por agendar a entrevista por telefone e repassar (por e-mail ou SMS) a senha para responder o questionário virtual.


Indígenas e quilombolas

A população indígena recenseada nos primeiros 29 dias do Censo 2022 é de 4.527 pessoas no Rio Grande do Norte. O balanço mostra também uma população quilombola de 4.833 pessoas.



As comunidades quilombolas já eram recenseadas anteriormente, mas não havia a distinção em relação à população em geral. Por isso, este ano o questionário do Censo pergunta: “você se considera quilombola?”.


O quesito é aberto nos dispositivos dos recenseadores que realizam a pesquisa nessas comunidades. Assim, será possível traçar um perfil social e econômico desse recorte da população pela primeira vez.


Para os povos indígenas, a maior novidade é o questionário de abordagem com perguntas sobre infraestrutura, educação, saúde e hábitos e práticas tradicionais. Esse questionário deve ser respondido pela liderança local.


Os demais integrantes da comunidade respondem o questionário desenvolvido para os domicílios com particularidades para indígenas. No Rio Grande do Norte, o IBGE preparou 38 profissionais para recensear os povos e comunidades tradicionais.


Recusas

O percentual de recusas em responder a pesquisa está em 1,5% no Rio Grande do Norte. Esse número é menor que a média da região Nordeste (1,8%) e do Brasil (2,3%).


Para convencer a população da importância de responder o Censo 2022, os recenseadores estão orientados a retornar três vezes aos domicílios resistentes ou vazios na hora da visita.


Caso o morador não seja convencido a dar a entrevista, o supervisor fará uma visita. Em último caso, o morador resistente receberá uma carta sobre a obrigatoriedade da prestação de informações estatísticas conforme a Lei Federal 5.534/68.



Para que serve o Censo?

O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas.


Os resultados são apresentados, por exemplo, em nível municipal e de bairro. Dessa forma, é possível observar como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo. 


Os resultados podem orientar gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania.


Além disso, o Censo é usado calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.


Balanço do Censo 2022 no RN até 29 de agosto

1.390.160 pessoas recenseadas

474.279 domicílios recenseados

4.527 pessoas indígenas

4.833 pessoas quilombolas

53% dos setores trabalhados


Fonte; g1

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