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domingo, agosto 28, 2022

Protesto na Argentina em apoio a Cristina Kirchner termina com manifestantes presos e policiais feridos

O ato em apoio a Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, no sábado (27) em Buenos Aires terminou com manifestantes presos e policiais feridos. As forças de segurança usaram canhões de água e spray de pimenta para impedir que o protesto avançasse.


Polícia argentina usa canhão de água contra apoiadores de Cristina Kirchner em manifestação no último sábado (27) — Foto: Reuters/Mariana Nedelcu


A manifestação aconteceu após o Ministério Público argentino pedir, na segunda-feira (22), 12 anos de prisão para Cristina por suposta participação em esquema de corrupção durante seu mandato como presidente, entre 2007 e 2015.


Dois manifestantes foram presos e sete policiais ficaram feridos, segundo a Reuters. A CNN afirma que quatro pessoas foram presas. E o chefe de gabinete do governo de Buenos Aires, Felipe Miguel, disse na noite de sábado que 14 policiais ficaram feridos.


O confronto entre manifestantes e policiais começou depois que as forças de segurança colocaram grades em volta da casa de Cristina em Recoleta, bairro de Buenos Aires.


Manifestação em apoio a Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, no último sábado (27) — Foto: Reuters/Mariana Nedelcu

Manifestação em apoio a Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, no último sábado (27) — Foto: AFP/Luis Robayo

Manifestante é levado ao chão durante ato em apoio a Cristina Kirchner no sábado (27) — Foto: AFP/Luis Robayo


Em suas redes sociais, a vice-presidente argentina disse que sua casa estava "literalmente sitiada" e afirmou que a prefeitura de Buenos Aires, controlada pelo opositor de direita Horacio Larreta, dá um tratamento diferente aos seus apoiadores em relação aos do ex-presidente Mauricio Macri.


"Para os macristas: cuidado e proteção. Para os peronistas: grades, infantaria da polícia municipal e até paus, gás lacrimogêneo e spray de pimenta como na noite de segunda-feira. Eu disse naquela noite: eles nunca foram e nunca serão democráticos", disse Cristina na carta.


Horas após os comentários, apoiadores de Cristina derrubaram as cercas. Houve confrontos entre eles e a tropa de choque, que usou canhões de água para dispersar os manifestantes.


Acusação de corrupção

Os atos em defesa de Cristina aconteceram desde segunda-feira (22), quando o Ministério Público fez o pedido de prisão à Justiça argentina.


Ela é acusada com outras 12 pessoas por crimes de associação ilícita e administração fraudulenta em um esquema de corrupção na licitação de obras públicas durante seu período enquanto presidente.


Além do pedido de 12 anos de prisão, o Ministério Público pede que ela seja impedida de atuar em cargos públicos.


Cristina diz ser vítima de perseguição política. Na terça-feira (23), ela alegou que "nada do que os promotores disseram foi comprovado".


Após a manifestação de sábado, a vice-presidente fez um discurso em frente à sua casa. "Em uma democracia, o direito à liberdade de expressão é fundamental", afirmou. Em seguida, dirigiu-se aos apoiadores: "Quero agradecer e pedir que descansem. Foi um longo dia".


Fonte: g1

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