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quarta-feira, agosto 10, 2022

Promotor do Paraguai assassinado durante lua de mel foi alvo de clãs do próprio país e do Uruguai, diz jornal

Dois grupos criminosos, um do Paraguai e um do Uruguai, foram apontados como mandantes do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, assassinado durante a própria lua de mel em uma paia da ilha de Barú, perto de Cartagena de Índias, em maio de 2022. As informações são do jornal colombiano “El Tiempo”.


Pecci liderava diversas investigações contra cartéis brasileiros e clãs de criminosos do próprio Paraguai. Assim, cogitou-se que os mandantes pudessem ser criminosos do Brasil.


Segundo o jornal colombiano “El Tiempo”, no Paraguai até chegaram a investigar ameaças de pessoas ligadas ao PCC antes do casamento de Pecci.


Imagem de Marcelo Pecci do site do Ministério Público do Paraguai — Foto: Reprodução/Ministério Público do Paraguai


No entanto, outros cartéis foram nomeados por um dos homens que executaram o assassinato, Francisco Luis Correa Galeano. Há cinco detidos pela execução, e Galeano é tido como o “cérebro” desse grupo.


Momentos antes de ser morto, Marcelo Pecci e esposa anunciaram gravidez — Foto: Redes sociais/ Reprodução


Segundo o jornal colombiano “El Tiempo”, Galeano foi contactado por colombianos que falavam em nome de uma pessoa que fazia parte de uma rede de tráfico de cocaína no Paraguai —Galeano teria dito que o dinheiro, a logística e a informação para matar o promotor Pecci foram enviados daquele país.


Agentes da Colômbia, do Paraguai e dos Estados Unidos então identificaram dois suspeitos que seriam os mandantes:


Miguel Ángel Insfrán Galeano, do clã Insfrán e

Sebastián Marset Cabrera, do Primeiro Cartel Uruguaio.

O estopim para que os grupos encomendassem a morte de Pecci foi uma ação policial em que sete pessoas do clã Insfrán foram presos (entre eles, o irmão mais jovem dos Insfrán, Conrado).


Segundo o site Infobae, o uruguaio Sebastián é um aliado do grupo paraguaio, com quem colabora regularmente.


Quem era o promotor assassinado

Pecci, de 45 anos, era o responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai. Ele atuou em diversos casos que tiveram repercussão no país. De acordo com textos publicados na página do próprio Ministério Público, Pecci processou pessoas acusadas de pertencer a organizações ligadas ao narcotráfico e de lavar dinheiro para essas organizações.


O promotor também participou das apurações que envolveram a prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai. Em 2020, o ex-jogador de futebol entrou no Paraguai com um documento falso. A promotoria entendeu, no entanto, que Ronaldinho e seu irmão, que também usou documento falso para entrar no país, haviam sido enganados.


O promotor também processou um brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi, suspeito de chefiar uma organização criminosa que fornecia dinheiro e infraestrutura para o tráfico internacional de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai e também nos EUA, em agosto de 2021.


Fonte: g1

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