O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira (23) com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
O encontro na sede do TSE durou cerca de uma hora – a imprensa não foi autorizada a acessar o local para fazer imagens, e as autoridades não deram entrevista. Até a última atualização desta reportagem, o tribunal não tinha divulgado detalhes do encontro.
Após a reunião com Nogueira, Moraes recebeu representantes da Polícia Federal. O encontro durou cerca de 30 minutos. Em seguida, representantes do movimento Pacto pela Democracia também foram recebidos pelo presidente do TSE.
Na segunda (22), Moraes se reuniu com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na saída, Pacheco voltou a defender a segurança das urnas eletrônicas e o trabalho da Justiça Eleitoral – discurso que vem sendo ecoado por diversas autoridades do país nas últimas semanas.
Defesa e TSE
O Ministério da Defesa, na contramão desse movimento de defesa da Justiça Eleitoral, vem encampando as suspeitas e os ataques infundados do presidente Jair Bolsonaro à segurança das urnas eletrônicas e à transparência do sistema eleitoral.
Nos últimos meses, como membro da Comissão de Transparência das Eleições, o Exército reclamou de não ser "prestigiado" e cobrou "discussão técnica" sobre a lista de sugestões enviadas pelos militares ao tribunal.
Na prática, a maior parte das sugestões já tinha sido acatada ou era redundante – e a decisão de rejeitar algumas das ideias já tinha sido justificada em documentos públicos (veja no vídeo abaixo).
Em um desses momentos de contestação, no início de agosto, o Ministério da Defesa enviou ofício "urgentíssimo" ao TSE pedindo acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas. Em resposta, o tribunal esclareceu que o governo já poderia ter acessado o material desde 2021 e que as equipes estavam autorizadas a inspecionar o código naquela mesma semana.
Poucos dias depois, o TSE decidiu excluir do grupo de fiscalização do processo eleitoral o coronel do Exército Ricardo Sant'Anna, um dos nove militares dessa equipe. Sant'Anna vinha divulgando nas redes sociais fake news sobre as urnas eletrônicas.
O Exército afirmou que a decisão do TSE foi "unilateral" e que, por isso, não indicaria substituto. Ao mesmo tempo, pediu ao TSE a inclusão de nove outros militares no grupo de inspeção das urnas.
Fonte: g1
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