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domingo, agosto 07, 2022

Moraes manda PF analisar vídeo para saber se Roberto Jefferson descumpre ordens de restrição



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira (5) que a Polícia Federal elabore, em cinco dias, laudo sobre um vídeo em que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) indica estar descumprindo medidas cautelares.


Na gravação, Jefferson diz que está recebendo visitas e passa orientações a dirigentes do PTB. Desde janeiro, no entanto, o político está em prisão domiciliar e proibido de receber visitas, usar redes sociais, dar entrevistas e se comunicar com pessoas investigadas nos mesmos processos que ele.


Em novembro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes decidiu afastar Jefferson da presidência do PTB atendendo a um pedido de deputados estaduais e federais. Tanto o Supremo quanto o Tribunal Superior Eleitoral apuram se recursos da sigla foram usados para abastecer a as ações contra a democracia e as instituições.


Nesta semana, a convenção do PTB aprovou o nome de Jefferson para ser o candidato do partido à Presidência – o ex-deputado, no entanto, é também aliado do presidente Jair Bolsonaro. A candidatura deve ser discutida pela Justiça Eleitoral, a quem cabe analisar os registros dos candidatos.


Prisão preventiva e outros processos

Jefferson teve a prisão preventiva decretada em agosto do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes com base no inquérito que apura ações de uma milícia digital contra a democracia e as instituições.


Em janeiro, o ministro colocou o político em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.


Em junho deste ano, por nove votos a dois, o STF tornou Jefferson réu pelos crimes de calúnia, incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia.


O político foi denunciado pela procuradoria-geral da república sob acusação de ter incentivado a invasão do senado e a prática de atos violentos contra sanadores da CPI da covid para impedir o livre exercício do legislativo.



Jefferson ainda incentivou a destruição do Tribunal Superior Eleitoral com emprego de substância explosiva e praticou ataques à comunidade LGBTQIA+ em diversas ocasiões.


No julgamento, os ministros decidiram que o caso de Jefferson deve prosseguir na Justiça Federal em Brasília, já que ele não tem foro na corte.


Fonte: g1

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