Um drone realizou voos de teste para transportar tecidos humanos de um hospital para outro, uma experiência inédita na Europa. A experiência aconteceu em Antuérpia, no leste da Bélgica, e pode economizar um tempo precioso em operações.
O drone da empresa Helicus decolou na terça-feira (23) de um edifício da rede hospitalar ZNA e pousou quatro minutos depois no telhado do edifício Sint-Agustinus dos hospitais GZA, a 800 metros de distância.
Dentro de um tubo preso ao drone havia um recipiente com tecido humano potencialmente cancerígeno que precisava ser analisado no laboratório do segundo centro.
Ao todo foram quatro voos de teste ao longo do dia. Por enquanto, a Helicus é a única empresa que recebeu autorização de Bruxelas para usar drones para fins médicos sobre uma cidade e pilotado remotamente, fora do campo de visão do operador.
"A grande vantagem dos drones é que combinam velocidade, reduzindo o tempo médio de transporte, e regularidade, pois garantem confiabilidade logística", explicou à AFP Mikael Shamim, presidente da Helicus.
Os dirigentes dos grupos hospitalares ZNA e GZA já se preparam para a entrada em vigor da nova lei. "Os tempos de entrega são vitais e a ausência de tráfego aéreo garante uma duração de voo confiável", disse Els van Doesburg, presidente da ZNA, observando que os tempos de viagem podem ser reduzidos pela metade.
Os quatro laboratórios das duas redes hospitalares realizam 1.200 exames por ano durante cirurgias que devem ser analisadas com urgência para detectar células cancerígenas e assim determinar como a intervenção continua.
"Os resultados devem ficar prontos em 30 minutos no máximo", especifica a patologista dos hospitais da GZA, Sabine Declercq.
Por enquanto, apenas o transporte de amostras para análise está na mesa, mas a Helicus já cogita a possibilidade de transportar sangue e até órgãos para transplantes. A iniciativa pode levar anos - com mais volume de carga, os itens de refrigeração teriam que ser adicionados ao aparelho.
Fonte: g1
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