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quinta-feira, agosto 25, 2022

Com 18 casos confirmados de varíola dos macacos, RN lança plano de contingência

Com 18 casos confirmados de pacientes com varíola dos macacos (Monkeypox) no Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) lançou nesta quinta-feira (25) um plano de contingência para prevenção e combate à disseminação da doença.


Representantes da Sesap apresentam plano de contingência contra a varíola dos macacos no RN — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi


Segundo o governo, o documento pretende orientar os serviços de saúde do estado sobre as medidas de preparação e resposta.


Três unidades de saúde são apontadas como referência para casos suspeitos e confirmados: o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, e o Hospital Maria Alice Fernandes, também em Natal, porém voltado ao público pediátrico (infantil).



Segundo a Sesap, o Rio Grande do Norte vem monitorando a doença desde o comunicado de risco divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional em 19 de maio de 2022.


Ainda de acordo com a pasta, o plano de contingência do estado foi elaborado a partir das "evidências disponíveis" até o dia 22 de agosto de 2022.


"A Sesap vem trabalhando constantemente junto aos municípios, desde antes da confirmação do primeiro caso. Esse documento vem complementar e sistematizar o trabalho e deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidências científicas", disse o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.


O mais recente boletim epidemiológico aponta que, além dos 18 casos confirmados nos municípios de Natal, Parnamirim e Mossoró, o estado conta com 69 casos suspeitos em outros 15 municípios.


"Estamos monitorando todos os casos, promovendo uma vigilância epidemiológica e treinando constantemente os profissionais para identificação dos casos, tratamento e medidas de cuidado", completou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima.


O plano detalha os níveis de resposta aos casos, a definição necessária para identificar a doença, passa por procedimentos epidemiológicos e de rastreamento de contatos, atos de precaução, até as medidas de resposta, como orientações para isolamento domiciliar, tratamento e acesso aos serviços de saúde.



"Até agora nenhum caso necessitou de internação aqui no RN. De toda forma, estamos preparados para qualquer eventualidade, dando o suporte necessário aos que forem infectados", reforçou André Prudente, diretor do Hospital Giselda Trigueiro.


A Sesap informou que ainda aguarda que o Ministério da Saúde envie insumos (kits) para realização dos exames, para detecção mais rápida da doença.


Precaução

Entre outras medidas, o documento orienta, por exemplo, que os profissionais de saúde utilizem equipamentos de proteção para evitar contaminação, no atendimento a pacientes com suspeita da doença.


"O indivíduo que busca atendimento devido a lesões cutâneas agudas e febre deve ser priorizado. No momento do acolhimento, seja em nível ambulatorial, atenção primária ou atenção hospitalar, sugere-se que o paciente receba uma máscara cirúrgica, com orientação quanto à forma correta do seu uso, e seja conduzido para uma área separada dos outros usuários. Sendo diagnosticado como caso suspeito de Monkeypox, o paciente deve ser mantido isolado (precauções para contato e gotículas). As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata", orienta o documento.


Durante a apresentação do plano, os representantes da Sesap informaram que a população deve manter cuidados no dia-a-dia, com uma limpeza mais efetiva das roupas, bem como das roupas de cama e de banho.


Eles também explicaram que o grupo contaminado no RN é basicamente de homens com idades entre 18 e 45 anos do sexo masculino e que existe um comportamento diferente entre crianças e adultos. Crianças mais desnutridas tendem a ter uma evolução maior da doença, o que ainda não aconteceu no Brasil, segundo o médico André Prudente.


Ainda de acordo com a Sesap, a doença tem duas linhagens: uma da África Oriental e outra da África Ocidental. A ocidental é menos grave e é a mais incidente no mundo.


Fonte: g1

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