Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã deste sábado (20) que busca a reeleição, e que "caso contrário" irá respeitar a vontade da população.
Bolsonaro tem repetido ataques sem provas ao sistema eleitoral, em especial as urnas eletrônicas. As suspeitas do candidato já foram desmentidas pelas autoridades. No início do mês, ele chegou a dizer que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, deveria ser investigado em inquérito por defender as urnas eletrônicas.
Bolsonaro deu as declarações às margens de uma rodovia em Resende, na região sul do Rio de Janeiro, ele acenou para motociclistas e automóveis. O vídeo foi postado em suas redes sociais.
"Passaram agora umas mil motos que apoiam a gente. A gente fica muito feliz. Mais uma manifestação espontânea por parte da população. E a gente está nessa empreitada buscando a reeleição. Se esse for o teu entendimento. Caso contrário, a gente respeita. Mas a nossa democracia e a nossa liberdade acima de tudo", afirmou.
O candidato também participou de uma cerimônia da Academia das Agulhas Negras (Aman), na cidade de Resende, região sul do Rio de Janeiro.
Capitão reformado do Exército, Bolsonaro começou a carreira militar na instituição e costuma frequentar a Aman em formaturas militares.
No ato deste sábado, 395 cadetes receberam os Espadins. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, acompanhou o presidente no ato, assim como os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Walter Souza Braga Netto (Defesa), candidato a vice na chapa de Bolsonaro.
O candidato não discursou na cerimônia, somente as autoridades do próprio Exército. Antes do evento, ele tirou foto com apoiadores que o aguardavam no local e acenou para apoiadores na estrada acompanhado do ex-piloto Nelson Piquet.
Após o evento, o presidente se dirigiu para um almoço. Ele deixou o local de helicóptero e seguiu para o aeroporto em São José dos Campos para embarcar para Brasília.
Pesquisas
Pesquisa Datafolha divulgada nesta semana mostrou Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, atrás do ex-presidente Lula (PT), que aparece com 47%.
O colunista do g1 Valdo Cruz informou que, diante do resultado, aliados avaliaram que o crescimento do presidente está "lento" e que Bolsonaro pode perder já no primeiro turno.
Para evitar uma eventual derrota no primeiro turno, informou o Blog do Valdo Cruz, a equipe de Bolsonaro decidiu focar a campanha em duas frentes: dizer que a economia está em recuperação e buscar os votos do eleitorado evangélico, na chamada "guerra santa".
Base de apoio
Bolsonaro vê os militares com parte de sua base de apoio político. O candidato a vice-presidente na chapa é o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-ministro da Casa Civil.
O atual vice-presidente é o general Hamilton Mourão, que não concorrerá na chapa de Bolsonaro. Mourão disputará uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul.
No governo Bolsonaro, foram escolhidos ministros diversos militares, da ativa e da reserva, entre os quais os generais Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Eduardo Pazuello, Fernando Azevedo e Silva e Augusto Heleno; o almirante Bento Albuquerque.
Fonte: g1
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