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segunda-feira, agosto 22, 2022

3 anos após matar a tiros Rafael Miguel e pais do ator, Paulo Cupertino será interrogado pela 1ª vez pela Justiça de SP

Três anos após matar Rafael Miguel e os pais do ator, Paulo Cupertino deverá ser interrogado pela primeira vez, a partir das 16h desta segunda-feira (22), na Justiça de São Paulo. Além do empresário, também poderão ser ouvidos dois amigos dele, que são réus no mesmo processo que apura o assassinato da família Miguel em 9 de junho de 2019.


Paulo Cupertino deverá ser interrogado pela primeira vez em agosto pela Justiça de São Paulo. Ele responde preso pelo assassinato de Rafael Miguel em 2019 — Foto: Reprodução/Polícia Civil e Arquivo pessoal


Esta etapa do processo, chamada de audiência de instrução, será realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, e servirá para a Justiça decidir se leva os três acusados a júri popular. Cupertino responde preso preventivamente pelos assassinatos. Os amigos dele respondem em liberdade por ter ajudado o assassino a fugir e se esconder (saiba mais abaixo).


Cupertino estava foragido desde que cometeu o crime. Ele foi preso pela Polícia Civil em 17 de maio de 2022, na capital paulista, onde estava escondido. Antes, chegou a fugir para outros estados e países.


Segundo o Ministério Público (MP), Cupertino atirou 13 vezes nas vítimas porque não aceitava o namoro da filha, Isabela Tibcherani, com Rafael. Ela tinha 18 anos à época. O artista estava com 22.


Além de Rafael, o pai dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e a mãe, Miriam Selma Miguel, de 50, também foram baleados e mortos.


Vídeos de câmeras de segurança gravaram os assassinatos na frente da casa em que Isabela morava com a mãe, na Zona Sul da capital paulista. Nenhuma das duas foi atingida pelos disparos.


Preso alegou inocência a jornalistas


Três anos após matar Rafael Miguel e os pais do ator, Paulo Cupertino deverá ser interrogado pela primeira vez, a partir das 16h desta segunda-feira (22), na Justiça de São Paulo. Além do empresário, também poderão ser ouvidos dois amigos dele, que são réus no mesmo processo que apura o assassinato da família Miguel em 9 de junho de 2019.


Esta etapa do processo, chamada de audiência de instrução, será realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, e servirá para a Justiça decidir se leva os três acusados a júri popular. Cupertino responde preso preventivamente pelos assassinatos. Os amigos dele respondem em liberdade por ter ajudado o assassino a fugir e se esconder (saiba mais abaixo).


Cupertino estava foragido desde que cometeu o crime. Ele foi preso pela Polícia Civil em 17 de maio de 2022, na capital paulista, onde estava escondido. Antes, chegou a fugir para outros estados e países.


Segundo o Ministério Público (MP), Cupertino atirou 13 vezes nas vítimas porque não aceitava o namoro da filha, Isabela Tibcherani, com Rafael. Ela tinha 18 anos à época. O artista estava com 22.


Além de Rafael, o pai dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e a mãe, Miriam Selma Miguel, de 50, também foram baleados e mortos.


Vídeos de câmeras de segurança gravaram os assassinatos na frente da casa em que Isabela morava com a mãe, na Zona Sul da capital paulista. Nenhuma das duas foi atingida pelos disparos.


Preso alegou inocência a jornalistas


Imagens mostram Cupertino circulando por ruas de SP e na prisão, já sem disfarce — Foto: Reprodução/TV Globo


Eduardo Jose Machado, o "Eduardo da Pizzaria", dono de uma pizzaria na Zona Sul de São Paulo, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, que mora em Sorocaba, no interior paulista, são acusados de ajudarem o amigo Cupertino a fugir e se esconder.


Os dois respondem pelo crime de favorecimento pessoal. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para comentar o assunto.


De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Eduardo e Wanderley são dois dos quatro amigos investigados pela suspeita de esconderem o criminoso.


Os outros dois seriam o dono de uma chácara em Mato Grosso e um fazendeiro no Paraguai. Não há a confirmação de que esses últimos tenham sido responsabilizados criminalmente por algum crime.


Cupertino foi detido pela Polícia Civil após estar escondido num hotel no Centro de São Paulo. Ele estava foragido havia quase três anos.


O que dizem Justiça, MP e advogados


Eduardo Jose Machado, o "Eduardo da Pizzaria", dono de uma pizzaria na Zona Sul de São Paulo, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, que mora em Sorocaba, no interior paulista, são acusados de ajudarem o amigo Cupertino a fugir e se esconder.


Os dois respondem pelo crime de favorecimento pessoal. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para comentar o assunto.


De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Eduardo e Wanderley são dois dos quatro amigos investigados pela suspeita de esconderem o criminoso.


Os outros dois seriam o dono de uma chácara em Mato Grosso e um fazendeiro no Paraguai. Não há a confirmação de que esses últimos tenham sido responsabilizados criminalmente por algum crime.


Cupertino foi detido pela Polícia Civil após estar escondido num hotel no Centro de São Paulo. Ele estava foragido havia quase três anos.


O que dizem Justiça, MP e advogados


Fórum da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo


Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), “o processo está na fase de instrução, restando a oitiva de testemunhas de defesa e o interrogatório dos réus".

“Em agosto, terá audiência para ouvir testemunhas. Se houver tempo, os réus poderão ser interrogados”, disse a promotora Soraia Bicudo Simões, representante do Ministério Público, responsável pela acusação. “A audiência será presencial, contará com a participação dos réus.”


"Acreditamos que os réus serão levados a júri", disse o advogado Ricardo Marinho que, ao lado do também advogado Guilherme Wiltshire, defendem os interesses de Isabela, filha de Cupertino. Ela quer a condenação do pai, com quem cortou relações.


Veja os próximos passos do processo


O caso das mortes de Rafael Miguel e de sua família segue sob segredo de Justiça, mas os próximos passos do processo serão:


Serão ouvidas as testemunhas de defesa;

Depois, Cupertino e os outros dois acusados serão interrogados pela Justiça. Eles não precisam responder as perguntas, se desejarem assim. Podem ficar em silêncio;

Algum juiz ou juíza poderá ou não pronunciar os réus para que sejam levados a julgamento. Na primeira hipótese, a pronúncia é o convencimento da Justiça de que há provas contra os acusados de que eles cometeram crimes. E por isso devem ir, no caso específico, a júri;

Depois disso, a Justiça marcará uma data para o julgamento ocorrer. Como o caso é de crime doloso contra a vida, que é o homicídio, os réus serão julgados por sete jurados;

E como o favorecimento pessoal é um crime correlato ao de assassinato, os amigos de Cupertino também serão levados a julgamento popular no mesmo processo. Mas responderão somente por terem ajudado o assassino a fugir;

Caso seja marcado o júri, os jurados votarão e decidirão por maioria se condenam ou absolvem os réus;

Caberá ao magistrado ou magistrada dar a sentença. Se os jurados decidirem pela condenação dos acusados, a Justiça estipulará um tempo para o cumprimento da pena;

Lembrando que, como o julgamento ocorre na primeira instância da Justiça, sempre caberá recursos contra a decisão do júri.

Namorada e irmã de Rafael comentam prisão


Isabela Tibcherani escreveu que 'daqui pra frente é só resolução e Justiça'. Ela namorada o ator Rafael Miguel, que foi morto a tiros por seu pai em 2019. Paulo Cupertino foi preso após quase 3 anos foragido — Foto: Reprodução/Redes sociais


Em maio, a namorada do ator Rafael e a irmã do ator usaram as redes sociais para pedir justiça, logo após a prisão de Cupertino. Elas querem que o assassino do artista e dos pais dele seja julgado e condenado pelos crimes que cometeu.


"Obrigada a todas as mensagens de carinho e daqui pra frente é só resolução e Justiça", escreveu Isabela em sua página no Instagram, onde tem 365 mil seguidores.

"Justiça está longe de ser feita, e mal sei o que vai acontecer daqui pra frente. Não crio expectativas porque passei 3 anos me frustrando e tendo quase nenhuma notícia de nada", comentou Camilla Miguel, que perdeu o irmão Rafael e os pais João e Miriam, em sua página na internet, onde tem mais de 46 mil seguidores.


Polícia comemora prisão do número 1


A prisão de Cupertino, em maio, foi comemorada pela Polícia Civil de São Paulo. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o chefe da instituição do estado de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, apontado o dedo para o empresário enquanto grita e sorri com outros policiais dentro de um elevador na sede da instituição, na capital paulista.


Procurar e prender Cupertino passou a ser uma questão de honra para a polícia paulista, que esteve perto de deter o procurado há alguns anos, quando ele se escondeu em outros estados, como Mato Grosso do Sul, e até no exterior, como no Paraguai. Nesses locais, o fugitivo chegou a usar disfarces e documentos falsos para trabalhar.


Depois de matar Rafael e os pais dele, Cupertino chegou a ter o nome e foto incluídos na Difusão Vermelha da Interpol. Além disso, o empresário era considerado o criminoso mais procurado pela polícia de São Paulo.


Após quase 3 anos, a Polícia Civil conseguiu colocar o 'carimbo' de 'capturado' sobre a foto de Paulo Cupertino. Empresário era considerado o criminoso mais procurado pelos policiais paulistas — Foto: Reprodução/Polícia Civil


De acordo com os policiais que prenderam o assassino, ele voltou à capital paulista porque estava precisando de dinheiro para continuar se escondendo. Para isso, estaria tentando trabalhar com comércio informal nas ruas. Durante esse período, usou disfarces, que incluíam chapéus, bengala, máscaras de proteção contra a Covid, e lentes de contato.


Na última terça-feira (7), Cupertino foi transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na Zona Leste da capital, para a Penitenciária de Presidente Venceslau, no interior do estado. Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não informou o motivo da transferência, mas confirmou que ele ficará numa cela sozinho durante o período de adaptação.


"Foi levado para uma cela individual. Nesta unidade para onde foi levado, ele também irá permanecer em Regime de Observação, como normalmente ocorre. A cela que ele habita possui cama, colchão, vaso sanitário, lavatório, torneira, chuveiro e pertences de uso pessoal", diz a nota.


Quem era Rafael Miguel


Rafael era conhecido na mídia por ter interpretado o personagem Paçoca na novela "Chiquititas", do SBT, e trabalhado em um famoso comercial em que uma criança pede brócolis à mãe. Ele também atuou em novelas da Globo, como “Pé na Jaca”, “Cama de Gato” e o especial de fim de ano “O Natal do menino imperador”.


Fonte: g1

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