O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (11) que deve se encontrar com o pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (13).
Até o momento, Pacheco não declarou quem apoiará nas eleições presidenciais de outubro. Em Minas Gerais, estado pelo qual o senador foi eleito, o PSD fechou uma aliança com o PT, que apoiará a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo do estado.
Conforme o acordo costurado entre as duas siglas, o PT também apoiará a candidatura de Alexandre Silveira (PSD-MG), aliado de Rodrigo Pacheco, para a reeleição ao Senado.
Segundo Pacheco, o encontro está pré-agendado e foi articulado pela bancada do PT na Casa. A previsão é que a reunião ocorra na residência oficial do Senado.
"Vejo como um encontro natural, institucional e importante para a demonstração de que as instituições neste país conversam, dialogam. Podem não convergir sempre, mas que há um ambiente de diálogo e de muito respeito mútuo entre todos", afirmou o presidente do Senado.
'Recebo qualquer bancada'
Ao comentar sobre o encontro que deve ter com Lula, o presidente do Senado disse que recebe qualquer bancada e qualquer pré-candidato que queira se reunir com ele.
"Ainda mais um ex-presidente da República. Qualquer ex-presidente da República que queira se encontrar com o presidente do Senado, é minha obrigação receber. Então, considero que é algo muito natural. Receberei qualquer bancada que deseje ter esse encontro com a Presidência do Senado", disse.
Assassinato de tesoureiro do PT
Na mesma entrevista, Rodrigo Pacheco lamentou o assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT. O crime ocorreu neste domingo em Foz do Iguaçu (PR) e teria sido motivado por intolerância política. Segundo a Polícia Civil, o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Esse caminho da violência, da intolerância, é o caminho da barbárie. Nós estamos vivendo um momento medieval em tempos modernos de rede social. Isso é muito ruim, porque potencializa esse aspecto medieval que ninguém quer no país", afirmou Pacheco.
O presidente do Senado também cobrou "responsabilidade" dos pré-candidatos durante o período que antecede as eleições, principalmente de Lula e Bolsonaro, que figuram nos primeiros lugares das pesquisas de intenção de votos.
"Eles têm que repudiar qualquer ato de violência, seja praticado por um lado, seja praticado por outro. É isso que a sociedade e as instituições esperam de um processo eleitoral legítimo. A manifestação desses grandes líderes políticos no sentido de que repudiam esses apoiadores que levam para o campo da violência, da ameaça, do constrangimento, é um bom serviço que cada um deles fará para a democracia do Brasil", disse.
"Com certeza, com a ascendência que têm [Lula e Bolsonaro], com a preferência que têm do eleitorado, eles conseguirão, se quiserem, ter um ambiente de pacificação nessas eleições", acrescentou o parlamentar por Minas Gerais.
Na avaliação de Rodrigo Pacheco, em razão dos últimos episódios de violência no contexto eleitoral, a segurança dos pré-candidatos deve ser reforçada.
Fonte: g1
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