O presidente Jair Bolsonaro saiu “menor do que entrou” da reunião com embaixadores, na qual voltou a atacar as urnas eletrônicas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação é de empresários ouvidos pelo blog.
Eles entendem que, em um momento em que Bolsonaro deveria estar discutindo com a comunidade internacional os “problemas reais” do Brasil, o presidente gastou tempo repetindo antigos e já desmentidos ataques ao sistema eleitoral.
Segundo um empresário com quem o blog conversou, Bolsonaro fica discutindo “não problemas”, como as urnas eletrônicas. Os empresários corroboram a visão de especialistas e autoridades de que as urnas são seguras e confiáveis.
Na avaliação de outro empresário, o presidente só pensa na reeleição e cria um clima de instabilidade no país, o que afasta investidores externos e desestimula o setor produtivo nacional a investir na expansão dos negócios. Segundo ele, ao levantar “suspeitas infundadas” sobre as urnas, Bolsonaro gera incertezas no campo político, e isso afeta o mundo econômico.
Reações
A forte reação à nova investida presidencial contra as urnas surpreendeu o Palácio do Planalto e gerou, na avaliação de aliados, o risco de que, desta vez, ele seja punido pela Justiça Eleitoral e até pelo STF. Não só no mundo político, mas também no jurídico e no empresarial a atitude de Bolsonaro foi muito mal vista.
Para líderes do Centrão, o presidente “ultrapassou os limites” e usou estrutura pública para fazer seus ataques, o que abre o caminho para ele ser punido.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, já deu um prazo de cinco dias para que Bolsonaro e seu partido, o PL, expliquem a reunião realizada com embaixadores.
Em ação movida no TSE pelo PDT, o partido acusa o presidente de fazer propaganda irregular e ter cometido crime por usar a estrutura pública para fazer ataques às urnas eletrônicas.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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