O brasileiro Alexsandro Tonn Loose, de 30 anos, morreu durante o primeiro dia de trabalho em uma obra na Itália, após cair de um andaime a uma altura de seis metros e não resistir aos ferimentos.
A família dele busca ajuda para trazer o corpo ao Brasil. O acidente aconteceu no dia 13 e, até a tarde desta segunda (18), ainda não há previsão de translado, segundo os parentes.
De acordo com o irmão de Alexssandro, Magno Loose, os gastos são estimados em mais de R$ 100 mil e foram criadas campanhas na internet.
Alexsandro tinha cidadania italiana e, junto com a esposa e o filho de quatro anos, foi há cerca de três meses para a cidade de Verona. A esposa e o filho do brasileiro seguem na Itália.
"Eles [mulher e filho de Alexsandro] estão lá a fim de resolver todos os trâmites relacionados ao caso. Ela [mulher de Alexsandro] que se encontra em total desespero", contou o irmão ao g1.
O irmão da vítima falou ainda que a família fará o possível para que o corpo não seja cremado na Itália.
"[A mulher de Alexsandro] implorou que não fosse feita a cremação do corpo. Meu irmão mais velho também está inconsolável. Pediu também de todo o coração que ele pudesse pelo menos mais uma vez beijar o rosto do seu irmão caçula", explicou.
Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou em nota, no dia 15, que, por meio do Consulado-Geral em Milão, "encontra-se à disposição para prestar a assistência cabível aos familiares do brasileiro, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local".
Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, de acordo com o Itamaraty, os consulados brasileiros "poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito".
"Não há previsão legal para o pagamento do translado com recursos públicos. Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", informou o ministério.
Mudança para Itália
Na Itália, o plano de Alexsandro era seguir na mesma profissão que exercia no Brasil, a de pedreiro.
O capixaba, natural do município da Serra, na Grande Vitória, estava nas primeiras horas no novo emprego em uma obra na província de Mântua.
A família de Alexsandro no Espírito Santo afirmou que ele foi para a Itália com a intenção de prosperar financeiramente. Além dele, quatro irmãos também atuam como pedreiros.
Fonte: g1
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