Após o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, ter pedido demissão nesta segunda-feira (20), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vinha defendendo a saída do executivo, escreveu que "não há o que comemorar" em relação aos recentes acontecimentos na estatal.
O presidente Jair Bolsonaro já havia decidido trocar Mauro Coelho no comando da empresa e já havia escolhido o sucessor, Caio Paes de Andrade. Só que, em razão dos trâmites internos da Petrobras, a troca só seria efetivada após algumas semanas.
Nos últimos dias, Bolsonaro e aliados, entre eles Lira, intensificaram a pressão para que Mauro Coelho pedisse para sair. Isso porque o presidente e sua equipe decidiram pôr na Petrobras a culpa pela disparada nos preços dos combustíveis.
A estatal alega que, por lei, tem que repassar para o mercado interno as oscilações do mercado externo nos preços de petróleo e derivados. Com essa argumentação, aplicou, na sexta-feira (17), um novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel. Foi o estopim para Bolsonaro dizer que a Petrobras estava traindo o povo brasileiro e para Lira chamar uma reunião, que deve ocorrer nesta segunda, para discutir com líderes da Câmara mudanças no modelo de preços da estatal.
Agora Lira diz que a saída de Mauro Coelho é uma situação em que não há vencedores nem vencidos. Para ele, segue o drama da população, que precisa lidar com o aumento dos preços.
"Não há o que comemorar nos fatos recentes envolvendo a Petrobras. Não há vencedores, nem vencidos. Há só o drama do povo, dos vulneráveis e a urgência para a questão dos combustíveis", disse Lira no Twitter.
O presidente da Câmara disse ainda que a "hora é de humildade por parte de todos" e que "a intransigência não é o melhor caminho".
"A ganância não está acima do povo brasileiro", concluiu Lira.
Fonte: g1
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