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terça-feira, maio 10, 2022

Sistema do jogo do bicho de Rogério Andrade é tirado do ar no país inteiro, diz MPRJ

Promotores do Ministério Público do Rio deram na tarde desta terça-feira (10) em entrevista coletiva mais detalhes sobre a Operação Calígula. De acordo com o promotor Bruno Gangoni, coordenador do Gaeco, durante a operação o sistema do jogo do bicho do Rogério de Andrade, um dos alvos da ação, foi tirado do ar no país inteiro.


Gangoni explicou que isso ocorreu depois que o MP identificou o núcleo tecnológico do Rogério de Andrade, que seria de desenvolvedores do jogo do bicho no país. Durante a coletiva, o promotor Marcelo Winter disse que o MP investiga se o bicheiro Rogério Andrade mandou matar a vereadora Marielle Franco.


Promotores dão mais informações sobre a Operação Calígula — Foto: Reprodução/GloboNews


O MP também atualizou o número de presos na operação: 14, com o cumprimento de 24 mandados de prisão - alguns alvos já estavam detidos. Promotores encontraram uma cópia do mandado de prisão na casa do delegado Marcos Cipriano, preso na operação - o que está sendo investigado como indício de que a operação vazou.


A operação teve como alvo uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais.


Durante a coletiva, os promotores contatam que a organização criminosa já estacionou um caminhão e retirou máquinas caça-níqueis de uma delegacia.


Segundo as investigações da força-tarefa do MPRJ sobre o atentado à vereadora, Rogério e Ronnie abriram casas de apostas e bingos em diversos estados pelo menos desde 2018.


Entre os presos na operação está Marcos Cipriano, que foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil. Outra é a delegada licenciada Adriana Belém. Na casa dela, a força-tarefa apreendeu R$ 1.765.000. Adriana foi presa no início da tarde em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.


A defesa de Cipriano diz que a prisão "é absolutamente desnecessária e afrontosa a legislação, que exige que os fatos sejam contemporâneos, e causa estranheza uma prisão ser decretada por fatos ocorridos em 2018. Sua inocência será provada na Justiça”.


Segundo a promotora Roberta Laplace, Adriana Belém falou para a equipe da operação que R$ 60 mil no cofre dela era o único dinheiro que ela tinha em casa. Depois, porém, os promotores encontraram as malas de grife com o resto da quantia no armário do quarto do filho dela.


Ainda de acordo com os promotores, Adriana e o filho chegaram a dizer que não tinham chave para abrir a mala. Os investigadores, então, usaram uma faca para cortá-la.


Fonte: g1

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