A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (2) mais dois suspeitos de terem participado do assassinato do advogado Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de 25 anos, ocorrido em Mossoró no dia 9 de abril.
Segundo o delegado de Homicídios e de Proteção à Pessoa de Mossoró (DHM), Rafael Arraes, que investiga o caso, o inquérito do crime foi encerrado com as duas novas prisões e enviado ao Ministério Público para seguir para a Justiça.
Os suspeitos, de 37 e 40 anos de idade, foram presos nesta segunda enquanto trabalhavam como operários em uma construção em Mossoró.
De acordo com o delegado, eles são suspeitos de abordarem Eliel num primeiro momento no dia do crime. Em seguida, o advogado teria corrido e sido atingido pelos disparos de arma de fogo de um outro suspeito, que se entregou à polícia no dia 25 de abril.
O delegado Rafael Arraes, responsável pelo caso, disse que os dois já estavam sendo monitorados, mas que a polícia esperava o pedido de prisão preventiva.
"Essas duas pessoas foram as duas iniciais que abordaram Eliel e seu companheiro e depois ambos saíram correndo. E essas duas pessoas também perseguiram o Eliel até ele vir a óbito", disse o delegado, explicando que o disparo foi feito por um terceiro suspeito, que também está preso.
"Então, tiveram participação no homicídio qualificado", concluiu.
De acordo com o delegado, os suspeitos negaram ter participado do crime. "Eles negam o fato, a participação, mas temos elementos, com testemunhas presenciais, de que eles tiveram participação", garante.
Suspeito de disparos se entregou
O homem suspeito de disparar nove vezes contra o advogado Eilel Cavalcanti se entregou na delegacia em 25 de abril e, segundo a Polícia Civil, confessou a autoria do crime.
O suspeito teria declarado que a motivação do crime foi por acreditar que Eliel Ferreira estava cometendo um crime de roubo (veja abaixo a declaração do delegado). Apesar disso, essa motivação é contestada pela família, que afirma que o crime ocorreu por homofobia.
O caso
Eliel Ferreira, 25 anos, foi morto a tiros próximo ao apartamento onde o namorado morava na noite do dia 9 de abril. Inicialmente, a Delegacia de Homicídios (DHM) de Mossoró apontou que o advogado teria sido confundido com um assaltante pelo autor dos disparos.
A versão, no entanto, foi contestada pela família de Eliel, que afirmou que o crime foi cometido por homofobia.
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Isso porque a pessoa com quem Eliel conversava prestou depoimento à Polícia Civil, se identificou como namorado do advogado e disse que também foi alvo dos disparos do criminoso. Ele precisou de atendimento médico num hospital da cidade.
No depoimento, o namorado de Eliel contou à polícia que ambos foram vítimas de homofobia. De acordo com o advogado da família, Edson Leão, o principal suspeito do crime seria um homem que mora em frente ao condomínio e sempre observava os dois namorados.
Após ser atingido, Eliel ainda teria conseguido correr até uma agência dos Correios perto do local, mas foi perseguido, segurado por outra pessoa e sofreu pelo menos mais sete disparos de arma de fogo.
Fonte: g1
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