segunda-feira, maio 02, 2022

Pacheco diz que manifestações que pedem fechamento do STF são 'anomalias graves' e 'ilegítimas'



O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse neste domingo (1º) que "manifestações populares são expressão da vitalidade da Democracia", mas que aquelas que pedem "intervenção militar e fechamento do STF" são "ilegítimas e antidemocráticas" e configuram "anomalias graves que não cabem em tempo algum".


Pacheco publicou a declaração em suas redes sociais após os atos que aconteceram neste domingo (1º) em comemoração ao 1º de maio, Dia do Trabalho, e que levaram às ruas apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) 


"Manifestações populares são expressão da vitalidade da Democracia. Um direito sagrado, que não pode ser frustrado, agrade ou não as instituições. O 1º de maio sempre foi marcado por posições e reivindicações dos trabalhadores brasileiros. Isso serve ao Congresso, para a sua melhor reflexão e tomada de decisões. Mas manifestações ilegítimas e antidemocráticas, como as de intervenção militar e fechamento do STF, além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum", disse o presidente do Senado.


Manifestações

O feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, motivou atos em todo Brasil tanto a favor do presidente Jair Bolsonaro quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Em Brasília, Bolsonaro foi a uma manifestação organizada por apoiadores e simpatizantes de seu governo. O ato teve cartazes com pautas inconstitucionais, como pedido de intervenção militar e ataques ao STF. O atual presidente não discursou.


Mais tarde, um vídeo de Bolsonaro foi exibido na avenida paulista, em São Paulo. Na gravação, o presidente diz que deve "lealdade" aos apoiadores. O presidente disse também que iria vencer "porque o bem sempre vence o mal".


"É uma satisfação muito grande poder cumprimentá-los nesta manifestação pacífica com todas as idades em defesa da constituição, das famílias e da liberdade. Eu devo lealdade a todos vocês. Temos um governo que acredita em Deus, respeita as autoridades, defende a família e deve lealdade a seu povo. E eu irei onde vocês estiverem. Estarei sempre ao lado da população brasileira", disse Bolsonaro.



Já o ex-presidente Lula participou, em São Paulo, de um ato organizado pelas centrais sindicais em homenagem ao dia do Trabalhador. Na ocasião, ele disse que "alguém melhor" que Bolsonaro, iria "ganhar as eleições" presidenciais deste ano.


Lula também criticou a inflação e defendeu que, durante sua gestão, o salário tinha reajuste real.


"É por isso que nós temos que fazer uma luta incomensurável para que a gente possa reduzir a inflação, e transformar aquilo que é inflação em aumento de salário para que o povo possa comer e viver melhor nesse país", afirmou.


Fonte: g1

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