O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM), afirma que tem sofrido pressão do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para deixar o cargo.
Crítico do governo Bolsonaro, Ramos recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a pressão. No fim de abril, ele conseguiu uma decisão liminar (provisória) do ministro Alexandre de Moraes para se manter no cargo da Mesa Diretora.
Na semana passada, porém, a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) afirmou, em parecer, que o TSE não deve interferir no caso. Para a PGE, o tribunal não tem competência para analisar a composição de órgãos internos da Câmara.
“O parecer, assim, é por que não se admita a petição sobre a qual o Ministério Público foi chamado a se pronunciar neste momento, revogando-se a decisão liminar”, diz a PGE.
Ramos foi filiado ao PL e deixou o partido neste ano, após a chegada de Bolsonaro. Dentro da Câmara o deputado foi um dos maiores críticos da gestão do presidente durante a pandemia e tem sido voz ativa contra os decretos do governo federal a respeito do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
Fonte: g1
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