O pré-candidato do PT à Presidência, Lula, disse no começo da tarde desta terça-feira (10), em Contagem (MG), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não gosta de artista por achar que todos são "comunistas". A fala ocorreu quando o ex-presidente falava sobre educação.
"Ele acha que artista é tudo comunista, ele acha que artista é tudo bagunceiro, ele acha que artista é tudo anti-família, ele acha que artista é tudo anti-evangélico. Não! Artista é artista e o artista é capaz de conduzir a sociedade a pensar corretamente, a enxergar o que antes a gente não enxergava", afirmou Lula.
A fala ocorreu para apoiadores e com a presença de políticos de Minas Gerais. No entanto, Lula não contou ao seu lado com Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo do estado. A viagem a MG teve como propósito negociar aliança com o PSD de Kalil.
Em suas redes sociais, Kalil publicou uma mensagem desmentindo que tenha dado um "bolo" em Lula ao não aparecer em um evento ao qual foi convidado. "Aqui em Minas Gerais ninguém dá bolo em amigo. Normalmente, é café quente e pão de queijo", escreveu o ex-prefeito.
Críticas ao presidente
A viagem a Minas Gerais rendeu críticas de Lula a Bolsonaro. Antes da declaração sobre artistas, o petista criticava o fato de que o atual presidente ampliou o acesso a armas para a população em geral no país. Segundo o petista, o presidente "ele só fala em carabina, fuzil, pistola".
"E eu quero dizer: esse país não precisa de arma, quem tem que ter arma são as Forças Armadas para defender a gente e a polícia para prender quem quer importunar a vida do povo na sua tranquilidade. Esse país está precisando é de mais escola, é de mais hospital, é de mais livro, é de mais cultura", disse Lula, citando que, caso eleito, vai fazer "uma revolução cultural" no país.
No dia anterior, Lula afirmou: "Bolsonaro, seus dias estão contados. Não adianta desconfiar de urna. O que você tem é medo de perder as eleições e ser preso", em discurso no Expominas, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Na ocasião ele também falou sobre poder de compra.
"O trânsito está carregado em Belo Horizonte, o trânsito está carregado em São Paulo. O trânsito está carregado no Rio de Janeiro, porque esse Lula foi fazer com que pobre pudesse comprar um carro, pudesse andar dirigindo. As mulheres pobres agora estão inflacionando o mercado de perfume, porque a empregada doméstica pode utilizar na segunda-feira o perfume que a patroa usou na sexta pra ir num jantar".
O ex-presidente oficializou a sua pré-candidatura no último sábado em São Paulo. O vice será o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
Fonte: g1
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