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domingo, maio 22, 2022

Alvo de inquérito das fake news, Bolsonaro diz que anúncio da compra do Twitter por Musk é 'sopro de esperança'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em evento com o bilionário sul-africano Elon Musk que o anúncio da compra do Twitter é um "sopro de esperança". A fala ocorreu durante encontro dos dois na cidade de Porto Feliz, no interior do estado de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (20).


"O exemplo que nos deu, poucos dias, quando se anunciou a compra do Twitter , para nós aqui é como um sopro de esperança. O mundo todo passa por pessoas que têm vontade de roubar essa liberdade de nós, a liberdade é a semente para o futuro", afirmou Bolsonaro, em discurso ao lado de Musk, após chamá-lo de "mito da liberdade".


Bolsonaro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fake news. Seu nome foi incluído entre os alvos pelo ministro Alexandre de Moraes ao levar em conta ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.


A visita do bilionário ao Brasil envolvia encontro com o ministro da Comunicações, Fabio Faria. Bolsonaro decidiu participar também – aliados do presidente consideram o encontro uma possibilidade de virar a chave da campanha à reeleição após ataques ao STF.


No encontro, Musk ganhou uma medalha do governo brasileiro – item que pode ser visto em publicação publicada por Bolsonaro nas redes sociais.


Bolsonaro e Elon Musk posam para foto no interior de SP — Foto: Reprodução/Redes sociais


Compra do Twitter

Elon Musk anunciou, no dia 25 de abril, um acordo para comprar o Twitter por cerca de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 215 bilhões) e afirma que pretende tornar a rede social uma companhia de capital fechado. Em 13 de maio, Musk disse que a compra estava temporariamente suspensa, depois recuou ao dizer que "ainda está comprometido com a compra".


O sul-africano é contrário a qualquer tipo de moderação de conteúdo nas redes sociais, assim como defende Jair Bolsonaro. Antes de anunciar a compra do Twitter, o proprietário das empresas Tesla e SpaceX cogitou criar uma rede social própria para promover a "liberdade de expressão".


Após o anúncio da compra , Musk afirmou que reativaria a conta do ex-presidente norte-americano Donald Trump, inspiração de Bolsonaro. Em 2021, Trump foi banido de forma permanente por incitar violência após a invasão ao Capitólio, em janeiro daquele ano, estimulada por ele após perder as eleições americanas para Joe Biden.


Com 80 milhões de seguidores no Twitter, Musk já fez uma série de enquetes em seu perfil sobre o papel da plataforma em relação à liberdade de expressão. Ele também usa a página como forma para divulgar as suas empresas e respondeu a processos na SEC, reguladora do mercado de capitais nos EUA por postagens no Twitter.



Em 2019, a reguladora proibiu Musk de fazer declarações que afetassem o valor das ações da Tesla após tuitar que pensava em tirar a empresa da bolsa de valores – o que fez o preço das ações dispararem.


Fonte: g1

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