O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quinta-feira (28) que o sistema eleitoral brasileiro é “uma referência” e que "pensar diferente coloca em dúvida a legitimidade de todos os eleitos pelas urnas".
Lira postou a declaração nas redes sociais um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que as Forças Armadas sugeriram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma apuração paralela de votos por militares (veja mais abaixo).
“O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir — sem tensionamentos — para as eleições livres e transparentes”, afirmou Lira em suas redes sociais.
A fala de Bolsonaro também provocou a reação do presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco. Ele escreveu em sua conta no Twitter que não tem "cabimento" duvidar da legitimidade do processo eleitoral no país, que a Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis.
"Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!", afirmou o senador.
Pacheco escreveu ainda que a Justiça Eleitoral é eficiente e que as urnas eletrônicas são confiáveis.
"As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", escreveu o presidente do Senado.
Bolsonaro e as urnas
Bolsonaro tem adotado nos últimos anos a estratégia de, mesmo sem provas, levantar falsas suspeitas sobre o processo eleitoral. Ele próprio foi eleito pelo sistema. Um inquérito na Justiça investiga essa postura do presidente.
Nesta quarta-feira (27), em ato de apoio ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou durante discurso que uma das propostas das Forças Armadas ao TSE é um computador próprio para receber os votos a fim de que os militares façam uma apuração própria.
De acordo com o presidente, os votos das eleições são apurados em uma "sala secreta" do TSE, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: 'Olha, quem ganhou foi esse'".
Fonte: g1
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