Após voltar de uma visita a Kiev, o secretário de Defesa do Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou nesta segunda-feira (25) que seu país quer armar a Ucrânia até ver "a Rússia enfraquecida" a ponto não poder mais lutar na guerra. Austin anunciou mais ajudas militares de Washington às tropas ucranianas e se disse confiante na derrota de Moscou.
"Queremos ver a Rússia enfraquecida a ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia", declarou Austin. "A Rússia já perdeu muita capacidade militar. E muitas de suas tropas, e queremos que eles não tenham a força para reconstituir rapidamente essa capacidade".
Ele e o secretário de Estado, Antony Blinken, visitaram Kiev neste fim de semana. Foi a primeira vez, desde o início da invasão russa à Ucrânia, que membros do governo norte-americano estiveram no país.
Em reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Blinken e Austin anunciaram mais ajudas militares de mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões) em armas, munições drones e auxílio financeiros. Os dois secretários anunciaram ainda o retorno progressivo da diplomacia americana à Ucrânia e avaliaram que Kiev tem condições de vencer a guerra, desde que tenha os armamentos certos.
"Nós acreditamos que eles podem vencer se tiverem o equipamento certo, o apoio adequado", declarou Austin. Segundo ele, os EUA enviarão armas pesadas dentro do novo pacote de ajuda.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, causou polêmica ao afirmar que Vladimir Putin deveria sair do comando da Rússia. "Pelo amor de Deus, esse homem não pode permanecer no poder", afirmou, em um discurso durante visita à Polônia.
Rússia 'alerta' Washington sobre mais envio de armas
Em resposta, a Rússia "alertou" os Estados Unidos sobre o novo envio de armas à Ucrânia, que o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov, afirmou ser "inaceitável".
Antonov disse condenar o reforço militar e contou ter enviado um comunicado à Casa Branca contra a prática.
No início do mês, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia anunciando outros US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões) em ajudas militares a Kiev.
Fonte: g1
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