O paranaense Murilo Maia, de 23 anos, que estava na Ucrânia no início da guerra com a Rússia, chegou ao Paraná nesta sexta-feira (11) e foi recebido pelos pais no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana.
Murilo, que é jogador profissional de futebol, conseguiu voltar ao Brasil junto a outros brasileiros em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que resgatou o grupo na Polônia.
"Agora dá para relaxar um pouquinho, se sentir realmente em paz. Eu não sabia que eu tava precisando tanto assim de um abraço, depois de tudo o que a gente passou".
Murilo conseguiu atravessar a fronteira da Ucrânia em 25 de fevereiro e, desde o dia 26, estava abrigado em um hotel, em Varsóvia. O jovem é natural de Marechal Cândido Rondon, no oeste do estado.
Para chegar ao Brasil, o avião da FAB fez paradas em Lisboa, Cabo Verde, Recife e Brasília. Na capital do país, ele pegou um voo para o Paraná.
"Agora é vida que segue. E continuar rezando para que a paz se restabeleça", disse a mãe de Murilo, Angélica Maia.
Na última quarta-feira (9), o jogador registrou em vídeo como foi o embarque dele com o grupo resgatado.
Fuga da Ucrânia
O paranaense conseguiu deixar a Ucrânia com um grupo de amigos em 25 de fevereiro, um dia após o início do conflito. Ele estava na cidade de Bibrka. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Murilo disse que a saída do país foi tumultuada.
"Multidão querendo ir embora. Vocês podem ver gente querendo sair, muito carro, muita gente. Tem soldados armados [...] Tem gente tendo que voltar, muita gente se separando, mães e filhos saindo e pais ficando", disse no relato publicado.
A cidade onde Murilo estava com outros cinco amigos brasileiros fica próxima à fronteira com a Polônia. De carro, segundo ele, a viagem dura no máximo cinco horas. Mas pela gravidade da situação, ele disse que o trajeto foi mais demorado e cansativo.
Ele contou que parte do trajeto foi de van, e o restante a pé. Foram cerca de 20 horas de viagem.
A invasão
A Rússia iniciou, em 24 de fevereiro, uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia.
Putin iniciou o ataque ao leste da Ucrânia, com misseis e explosões. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acionou tropas e distribuiu armas aos ucranianos.
A capital, Kiev, teve congestionamentos, corrida aos mercados e estações de trem lotadas. Milhares de moradores começaram a deixar a cidade desde as primeiras horas do dia.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma "invasão em grande escala" contra o país.
Países contrários à invasão, como Estados Unidos, França e Inglaterra, anunciaram sanções para sufocar a economia russa, numa tentativa de desestimular os ataques.
Fonte: g1
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