A Gol pretende retomar voos para os Estados Unidos em maio, alcançando uma operação diária para o país até julho, afirmou o presidente-executivo da companhia aérea, Paulo Kakinoff, nesta segunda-feira (14).
A empresa divulgou mais cedo um resultado de quarto trimestre que marcou seu melhor desempenho durante a pandemia e afirmou que espera que os preços de passagens aéreas expressos no indicador "yield" sigam subam nos próximos meses, com impulso do retorno da demanda por viagens corporativas.
Kakinoff afirmou que a estratégia da Gol em meio à alta dos preços do petróleo, exacerbada pela guerra na Ucrânia, é de gestão de capacidade. Por isso, a companhia está acelerando a devolução de aeronaves Boeing 737 NG, de olho em ampliar o uso dos jatos 737 MAX da fabricante norte-americana.
Segundo o executivo, além dos MAX consumirem 15% menos combustível, eles podem levar mais passageiros e por distâncias maiores. A empresa tinha 23 MAX no fim de 2021 e deve chegar a 44 deles até o final deste ano, equivalentes a 30% da frota.
A Gol retornou operações internacionais no fim do ano passado, voando para destinos da América do Sul, incluindo Montevidéu e Buenos Aires, mas também para Cancun. Kakinoff afirmou que o retorno dos voos para os Estados Unidos se dará em rota de Brasília até Orlando, em uma frequência de quatro vezes por semana a partir de maio. Em julho, quando começa a alta temporada, a frequência será diária.
Questionado sobre as tendências da indústria de aviação, Kakinoff afirmou que acordos interline e codeshare "continuam a fazer muito sentido" no cenário pós-pandemia, mas ponderou que isso pode não ser suficiente para garantir rentabilidade do setor no futuro.
"Uma possível tendência seriam novos movimentos de fusões e aquisições e a Gol tem se preparado para ser protagonista, caso haja oportunidades", disse o executivo, observando que a empresa "não tem nada de concreto" em desenvolvimento nesta frente.
A Gol fechou 2021 com uma posição de liquidez de R$ 3,7 bilhões, algo que deve ser reforçado "nas próximas semanas" com a chegada dos recursos oriundos do acordo de investimento de 200 milhões de dólares da American Airlines, anunciado em fevereiro.
Kakinoff afirmou que a expectativa da Gol é que o acordo com a American Airlines receba aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nas próximas semanas.
Fonte: g1
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