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terça-feira, março 08, 2022

Bolsonaro reúne evangélicos, ministros e deputados em ato político no Palácio da Alvorada

O presidente Jair Bolsonaro reuniu na tarde desta terça-feira (8) mais de duas dezenas de pastores evangélicos, além de deputados, senadores e ministros do governo em um ato político na residência oficial do Palácio da Alvorada.


O presidente Jair Bolsonaro discursa durante ato com lideranças evangélicas, políticos e ministros na residência oficial do Palácio da Alvorada — Foto: Reprodução / Facebook


Durante o encontro, transmitido por rede social, 24 pastores foram chamados a discursar ao microfone. Fizeram elogios a Bolsonaro e ao governo e manifestaram apoio ao presidente. Enquanto o pastor Cesar Augusto, da Igreja Apostólica Fonte da Vida, falava sobre o atentado a faca do qual Bolsonaro foi vítima na campanha eleitoral de 2018, o presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro choraram.


Dentre os pastores, estavam deputados da Frente Parlamentar Evangélica, entre os quais Sóstenes Cavalcante (União Brasil-RJ), presidente da frente, e Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, partido da base de apoio do governo — no último dia 23, Pereira criticou Bolsonaro ao dizer que ele "só atrapalhou" as articulações do Republicanos para filiações de deputados na chamada "janela partidária".


Segundo Sóstenes Cavalcante, 86 parlamentares registraram presença no evento. "Ter um governo alinhado aos nossos valores, fica mais fácil", disse.


Para o pastor Estevam Hernandes, é necessário evitar um "espinheiro" no governo. "Não vamos permitir que o espinheiro governe o Brasil. Esse é o nosso desafio", afirmou, sem especificar a que ou a quem se referia..


Abner Ferreira, da Igreja Apostólica Fonte da Vida, disse que os pastores têm um "chamamento" a atender. "Temos um chamamento em 2022. Não podemos perder isso de vista", declarou.


Depois de criticar a "roubalheira que se instalou neste país", o pastor Silas Malafaia questionou: "É essa gente que quer governar o país? Deus nos livre disso".


Bolsonaro foi o último a discursar. Ele disse que governa o país de acordo com o desejo dos evangélicos.


"Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem. É fácil? Não é. Mas nós sabemos e temos força para buscar fazer o melhor para a nossa pátria", declarou.


Sem mencionar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele atacou adversários: "Se essa pessoa, esse partido, essa ideologia, essa gangue, roubarem a nossa liberdade, aí a coisa se complica", afirmou. "As nossas decisões agora é que dirão lá na frente se teremos ou não um futuro de liberdade."


Ele falou também sobre o encontro que teve no mês passado, em Moscou — poucos dias antes de se iniciar a invasão da Ucrânia pela Rússia — com o presidente russo, Vladimir Putin.


"Há poucas semanas, eu estive com um dos homens mais poderosos do mundo. Ele vive um conflito", declarou. "Me lembro muito bem da mensagem que poderia dar. Falei a Putin que o mundo é nossa casa, e Deus está acima de todos nós", complementou.


Fonte: g1

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